Cerimônia lembrou que, durante a pandemia, as fábricas brasileiras trabalharam sete dias por semana na busca incansável por soluções que permitissem elevar a capacidade de produção do país
Na última quarta-feira (11), foi realizada uma sessão solene no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília, para homenagear os 60 anos da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos -, a convite do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas).
A solenidade contou com as participações do médico e deputado federal Pedro Westphalen; do presidente da ABIMO, Franco Pallamolla; do superintendente da entidade, Paulo Henrique Fraccaro, e do presidente do SINAEMO (Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo), Ruy Baumer.
Na ocasião, estiveram presentes também os deputados Eleuses de Paiva e Antônio Brito, além do secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, José Gontijo; bem como o secretário Executivo Adjunto do Ministério da Saúde, Marcus Vinícius Fernandes Dias; o secretário-executivo do Conasems, Mauro Junqueira, entre outros convidados, autoridades e representantes de entidades setoriais.
Durante a celebração, o presidente da ABIMO, Franco Pallamolla ressaltou que “nos últimos dois anos, durante a tragédia de Covid-19, nossa indústria deu prova de sua necessidade e capacidade. Quando todos os países fecharam suas fronteiras para exportações de dispositivos médicos – como monitores, oxímetros, ventiladores, kits para intubação e seringas – coube à indústria nacional – independentemente do seu capital -, dar provas cabais de sua capacidade e de sua importância estratégica para a sociedade”, destacou.
De acordo com o executivo, “nossas fábricas trabalharam sete dias por semana, 24 horas por dia, na busca de soluções que permitissem elevar a capacidade de produção. Demos respostas concretas. Foi o maior evento de reconversão industrial nestes 60 anos. Há anos, a ABIMO defende a tese de que o setor deve ser tratado de forma excepcional. Este é o momento de reconhecer a indústria nacional de dispositivos médicos como estratégica. O Brasil pode e deve ter segurança e independência na produção desses produtos. A grave crise da pandemia mostrou, com clareza, o enorme risco de manter o excesso de dependência do mercado internacional”, explicou Pallamolla.
Ruy Baumer, por sua vez, disse que se sentiu honrado em participar da celebração dos 60 anos da ABIMO e dos 50 anos da SINAEMO, a qual ele preside. “Tenho muito carinho por estas duas entidades, pois o meu pai ajudou na fundação de ambas. Hoje, são grandes, bem desenvolvidas e ajudam no apoio à indústria nacional. Nós vimos a indústria crescer, inovar e atender até mesmo a demanda de até 85% de um hospital, além de ganhar o mundo em mais de 150 países. No entanto, por falta de política pública e excesso de entraves no mercado, em razão do famoso custo Brasil, estamos vendo o segmento diminuir, correndo risco de desaparecer”.
De acordo com Baumer, a produção nacional, atualmente, é uma sombra do que já foi. “O trabalho das entidades permitiu um protagonismo enorme e nós lutamos para conseguir manter e avançar ainda mais no crescimento, pois este desenvolvimento gera inovação, fomento e cria empregos”, finalizou o presidente do SINAEMO.