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Indústria de equipamentos médicos e odontológicos mede impactos da greve

Quase 70% das empresas associadas à ABIMO (Associação Brasileira de Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e Laboratórios) que responderam ao questionamento enviado pela entidade a respeito dos impactos da greve dos caminhoneiros em suas companhias, afirmam que não estão fazendo entregas. As outras 30% afirmam que as entregas não estão ocorrendo em sua total normalidade. “Isso quer dizer que nosso setor está completamente acometido”, expõe o superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fraccaro.

Dessa forma, como amplamente já divulgado pela imprensa e pelas entidades que compõe o complexo da saúde no Brasil, milhares de pacientes estão sofrendo, tendo que desmarcar tratamentos, cirurgias e até mesmo não podendo se locomover a pronto-atendimentos.

Esses resultados são, com certeza, preocupantes do ponto de vista de saúde pública, e também devem ser medidos no que diz respeito à economia do país: “Há empresas com mais de 50% de estoque de produtos acabados parado”, afirma Fraccaro.

NADA SAI, NADA CHEGA

Existe outro problema, além da não entrega: é o não recebimento de matéria-prima. Quase 60% das empresas ouvidas pela ABIMO afirmam que a produção diminuiu devido à falta de insumos. Dessas, 20% estão completamente paradas.

Somado a isso, as empresas também padecem com a falta de funcionários. Quase 15% delas deram férias coletivas aos funcionários, que estão em casa esperando uma solução. “Essa situação também impacta na produção, no financeiro e até mesmo no clima organizacional da empresa”, externa Fraccaro.

Mais de 80% das empresas estão certas de que os últimos oito dias afetarão – nocivamente – o resultado de um ano todo. “Esse prejuízo vai variar entre 20% até 50%, algumas menos, algumas bem mais – visto que nosso setor é bem heterogêneo no que diz respeito ao porte das empresas”, comenta o representante das indústrias de equipamentos médicos. Mais de 75% das empresas que responderam ao questionário da ABIMO são de médio porte.

Os produtos fabricados pelas associadas à ABIMO são dos segmentos Médico-Hospitalar, Odontologia, Laboratório, e Reabilitação e Tecnologia Assistiva. Mais de 75% desses produtos vão para distribuidoras, hospitais e clínicas de diagnósticos.

RETOMADA

Quando normalizada a situação, as empresas acreditam que as atividades devam voltar ao normal somente em 6 a 10 dias. Mas as perdas não devem ser recuperadas, salvo um grande milagre. “Abalaram-se também a confiança de empresários, consumidores e investidores”, lamenta.

CARTA AO PRESIDENTE

A ABIMO enviou ofício ao presidente Michel Temer solicitando a tomada imediata de providências no sentido de liberar o tráfego nas rodovias brasileiras. No comunicado, alertamos que os impactos dessas manifestações já estão sendo percebidos nos serviços e na indústria da saúde, pela falta de suprimentos e de matérias-primas utilizadas na produção dos dispositivos médicos e odontológicos. Foi reiterado ainda que tais problemas impactam diretamente nos atendimentos à população brasileira, pois dificultam o acesso à saúde, bem como afetam a continuidade dos tratamentos em andamento.

Fonte: Dehlicom

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