A Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde –, entidade representativa da saúde suplementar, setor responsável pelo atendimento de 47,2 milhões de beneficiários e pela realização de mais de 1,5 bilhão de procedimentos por ano, informa que por repetidas vezes as pesquisas de opinião realizadas por órgãos competentes, como o próprio Datafolha, o Ibope ou ainda o IBGE, apontam que os serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde são sempre bem avaliados, com média entre 70% e 80% de satisfação.
Até mesmo pesquisas encomendadas pela APM nos anos de 2012, 2013 e 2015 indicaram que cerca de sete a cada 10 beneficiários estavam satisfeitos com seus planos de saúde – a Abramge estranhou não haver nesta edição da pesquisa (2018) a mesma pergunta “De modo geral qual é o seu grau de satisfação com o seu plano ou seguro de saúde principal?”.
Conforme pesquisa conduzida pelo Ibope a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, o ingresso ao plano de saúde é o terceiro maior desejo de consumo do brasileiro, atrás apenas de educação e moradia. Segundo esta mesma pesquisa (Ibope/IESS), 87% das pessoas que possuem planos de saúde desejam manter o serviço contratado, enquanto que 74% dos indivíduos que não o possuem afirmam que gostariam de tê-lo.
No mais, a Abramge se mantém à disposição para manter um diálogo aberto e conclama as entidades e categorias profissionais a buscar, em conjunto com as operadoras e as autoridades, soluções para os desafios do setor. Entre esses desafios, merece especial atenção a escalada incessante dos custos assistenciais, motivada principalmente pela mudança no perfil demográfico, com o consequente aumento da assistência à população idosa, e pela incorporação constante e indiscriminada de tecnologias, e aumento de fraudes/desperdícios e a da indevida judicialização da saúde.
Finalizando, não é regra o descredenciamento de médicos que pedem mais exames, mas é oportuno lembrar que no Brasil há sim um excesso de solicitações de exames, prova disso que o país é o campeão mundial de realização de ressonância magnética, um triste exemplo de desperdício, pois, com toda a certeza, muitos desses exames são completamente desnecessários.