Em 1922, um conceito médico de acolhimento, humanização do atendimento médico-hospitalar e universalidade da atenção à saúde chegava no bairro Pompeia, em São Paulo. Idealizado pelo padre Inocente Radrizzani, o Consultório Médico São Camilo foi criado em um pequeno centro de assistência à população carente do bairro, onde o atendimento era feito por médicos voluntários.
De lá pra cá, aquele modesto consultório se tornou em uma das mais importantes redes de hospitais do Brasil. Atualmente, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por quatro modernas instituições.
Buscando maior excelência e qualidade médica aliada à tecnologia na Saúde, as Unidades Pompeia e Santana conquistaram a certificação EMRAM (Electronic Medical Record Adoption Model) nível seis, da HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society), que reforça o uso de Tecnologia da Informação como suporte à saúde.
Segundo o diretor corporativo de tecnologia da informação da Rede de Hospitais São Camilo de SP, Fausto Demarchi, a certificação representa que o hospital possui um ambiente avançado de administração e gestão hospitalar. “Nossa equipe se orgulha por trazer mais um diferencial ao Hospital. Atualmente, cerca de 25% dos hospitais nos Estados Unidos e Europa possuem o nível seis da certificação”.
Segundo Demarchi, novas metodologias foram adotadas a fim de transformar o Hospital em um local mais tecnológico, sem perder a essência de humanização da sua criação. “O São Camilo implementou novos serviços em relação à segurança dos pacientes, apoio a decisão clínica, consumidores e além disso, investimos em prontuários quase completamente automatizados e digitais e aplicações de TI para a maioria das configurações dos cuidados hospitalares”.
Além dessas medidas, a Instituição realizou investimentos tecnológicos em serviços e métodos de atendimento. “Dentre as ações tomadas, estão o direcionamento do investimento para a revisão dos processos assistenciais e administrativos, a implantação de novas soluções sistêmicas para suporte aos processos, a atualização tecnológica, segurança da informação e a estruturação dos processos e infraestrutura para contingência”.
Desafios e vantagens
Para alcançar o sucesso na implementação da certificação do HIMSS, alguns desafios foram superados durante o percurso, afirma o executivo. “Nós enfrentamos alguns obstáculos entre equipe e metodologia, por exemplo, nas revisões dos processos da cadeia medicamentosa, desde a sua origem na prescrição médica até a administração do medicamento ao paciente. Além disso, a implantação de novas soluções sistêmicas e dos novos critérios de segurança da informação complementaram estes desafios.”
Já no que diz respeito aos benefícios da certificação, Demarchi afirma que o São Camilo trouxe atendimento mais moderno e integrado entre consultas, exames e tratamento aos pacientes. “Com essa conquista, garantimos um processo assistencial rastreável, eficaz e seguro aos nossos pacientes, auxiliando diretamente no aumento da qualidade assistencial com processos revisados e automatizados.”
Futuro moderno
De acordo com Demarchi, as expectativas da Instituição são grandes quando se trata de investimentos em tecnologia e de evolução para um hospital digital. “Queremos assegurar o uso mais efetivo da TI no suporte ao cuidado dos nossos pacientes, aumentando consequentemente a qualidade assistencial e a sustentabilidade da Instituição. ”
Em relação ao futuro, o São Camilo vem definindo o roadmap da sua estratégia digital em seu Plano Diretor de Tecnologia da Informação. “Nós temos planejado o desenvolvimento da nossa maturidade digital e um dos pilares está baseado nas evoluções das certificações HIMSS – EMRAM para o estágio 7 e também a certificação da nossa infraestrutura tecnológica através do INFRAM (Infrastructure Adoption Model)”, ressalta Demarchi.
Esta matéria foi publicada na ed. 60 da revista Healthcare Management, que você confere aqui!
