Projeto luminotécnico da unidade da SOBECC prioriza as particularidades de cada ambiente

Não existem dúvidas de que a iluminação influencia diretamente no ambiente de trabalho. Melhor produtividade e a qualidade de vida dos funcionários são apenas alguns dos benefícios que a luminosidade adequada proporciona aos espaços. Quando o assunto é prestação de serviços na área da saúde, o projeto luminotécnico se torna ainda mais essencial. 

Em ambientes de saúde, a iluminação adequada não garante apenas, por exemplo, a precisão do corte cirúrgico, mas auxilia também nas demais tarefas hospitalares, como as administrativas. Na esfera da enfermagem, a luz é um fator base, seja para processos mais simples, como tirar sangue, até para as atividades mais complexas realizadas por esses profissionais. 

Sabendo da importância do projeto luminotécnico em áreas de enfermagem, a SOBECC – Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização realizou uma parceria com especialistas nessa área para a sua mais nova unidade de centro de treinamento e eventos na cidade de São Paulo (SP).  

Fernando Bottene, diretor e lighting architect da Via Luz

Para esse trabalho luminotécnico na nova unidade, a SOBECC contou com a expertise do arquiteto Henrique Jatene e das empresas WEG e Via Luz. “Nós [Via Luz] promovemos a integração entre esses dois agentes do projeto, arquitetura e infraestrutura. Essa integração multidisciplinar de competências foi o grande diferencial deste trabalho”, explica Fernando Bottene, diretor e lighting architect da Via Luz.

Destaca-se neste projeto a forma como foi elaborada a segmentação e caracterização de cada ambiente da nova unidade, que contempla um centro de treinamento e auditórios. “Todo esse trabalho foi feito através da planta que recebemos do cliente e da análise dos produtos que seriam utilizados”, acrescenta o arquiteto, lembrando que todo o projeto foi desenvolvido através de estudos baseados nos índices de iluminação estabelecidos pela norma ISO/CIE – 8995 – 1.

Nas áreas de treinamento, por exemplo, foram instaladas luminárias customizadas, que se adequam ao layout da sala. “Por se tratar de um ambiente de treinamento, foi proposto também o uso de temperatura de cor 4.000 K para aumento da acuidade e conforto visual”, explica Bottene. Já nas áreas dos auditórios, por se tratarem de ambientes com valorização acústica, a iluminação foi projetada para integrar a solução do forro acústico, onde foram instalados perfis LED com a intenção de integrar e intercalar os módulos de madeira deste revestimento. 

“As alas de circulação e de espera foram projetadas para o recebimento de trilhos e spots, para que os elementos de informação possam receber destaques através dessa luz. E nas áreas administrativas e de infraestrutura, a iluminação foi pensada para ter o uso uniforme, de baixo consumo e manutenção, por isso utilizamos luminárias flat, que possuem o mesmo pacote de luz, e uma luminária 2x tubo LED de 18 watts com solução integrada, o que traz menos perda luminosa para o ambiente”, detalha Bottene. 

Além desse projeto respeitar a particularidade de cada ambiente, outro destaque diz respeito a algumas soluções implantadas no local. “Nos preocupamos com a assepsia do ambiente e, nesse caso, a WEG contribuiu com a sua linha de interruptores com pintura antibactericida”. 

O grande desafio deste projeto luminotécnico foi o pé direito dessa nova unidade, com 2,5 metros de altura, que exigiu a expertise da equipe para compreender como a iluminação poderia ser instalada o mais próximo da laje. “O “timing” de obra foi fundamental para entendermos as necessidades e desafios do cliente, e assim conseguirmos entregar e oferecer uma solução mais adequada, do ponto de vista técnico e comercial”, conta o arquiteto.

A implantação do sistema luminotécnico no novo centro da SOBECC foi iniciado em novembro de 2018 e está em fase final, com conclusão prevista para março deste ano. “Esse trabalho estabelece a iluminação que os ambientes devem receber, identificando, ainda, as áreas que não estão sendo atendidas conforme a norma”, finaliza.

Esta matéria e muito mais você confere na edição 29 da revista HealthARQ.

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