ANS publica índice de desempenho da saúde suplementar

O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) geral do ano-base 2018 ficou em 0,7691. A nota máxima é 1 e a mínima zero. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o indicador, que faz parte do Programa de Qualificação das Operadoras 2019, ano-base 2018, permite a comparação entre as empresas de planos de saúde, além de estimular, de forma transparente, a divulgação das informações, a redução da assimetria de informação e a ampliação da concorrência no setor.

Segundo a agência reguladora, o resultado do IDSS é apurado com cálculo da média ponderada dos índices de desempenho de todas as operadoras. Em 2018 foram avaliadas 1.001 operadoras. Entre elas, 869 atenderam aos requisitos para a divulgação dos resultados.

A ANS divulgou também relatórios consolidados, incluindo o histórico dos resultados do IDSS por operadora desde o ano-base 2008.

Satisfação

Os resultados mostram também a satisfação dos beneficiários. Também em 2018, 82% dos beneficiários das operadoras que realizaram a pesquisa, responderam como bom e muito bom para o atendimento do seu plano de saúde e cerca de 78% dos beneficiários recomendariam o plano de saúde para amigos ou familiares. A pesquisa de satisfação de beneficiários é uma forma de estímulo às empresas, por meio de pontuação extra. Todas devem seguir as diretrizes estabelecidas em documento técnico da ANS, com metodologia padronizada, representativa e com validade estatística.

Em relação ao ano anterior, houve a adesão de quase o dobro de operadoras. No geral, foram 166 operadoras de planos de saúde que fizeram, voluntariamente, a pesquisa com seus beneficiários em 2018. Essas empresas, que estavam aptas a receber a pontuação bônus no ano-base 2018, representam 42,85% dos beneficiários do setor, o que soma 30,2 milhões de pessoas.

Desde o ano-base 2017, o Programa de Qualificação das Operadoras utiliza também como fonte de dados o indicador Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS). Para o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, a utilização do Padrão TISS ampliou o escopo do Programa e introduziu novos indicadores. “Permitiu a melhor avaliação do desempenho das operadoras, em particular, em seus aspectos assistenciais”, indicou.

Em 2018, a ANS começou a usar também os indicadores que avaliaram aspectos estratégicos da regulação. Entre eles, a avaliação do reajuste aplicado aos planos coletivos e a comercialização de planos individuais. Conforme a ANS, os resultados mostraram que 40% das operadoras apresentaram reajustes de planos coletivos sem grandes disparidades e próximos à média do setor; e que 27,57% do total de operadoras médico-hospitalares e odontológicas apresentaram crescimento da carteira em planos individuais.

“Entre as operadoras do segmento odontológico, 41% foram bonificadas. Entretanto, entre as médico-hospitalares, apenas 23% foram pontuadas, demonstrando que esse ainda é um desafio para este segmento”, disse Rodrigo Aguiar.

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