Humana Magna aposta na integração da relação assistencial do cuidado
Uma parceria bem-sucedida e até um modelo de atendimento que objetiva um olhar mais atento ao paciente com metas, previsibilidade, desfecho e diagnóstico podem iniciar longe de salas de reunião e de escritórios convencionais.
Foi em uma livraria de São Paulo que Miriam Ikeda, 61 anos, e Liv Soban, 39 anos, se encontraram em julho de 2017 e perceberam que nada é por acaso.
Durante o bate-papo, em que a pauta principal era a formatação da Rede Humana Magna, elas notaram que tinham muito em comum além do gosto por esportes e amor por pets. Havia também a busca incessante pela inovacão e à construção de processos reais em que o paciente ficasse realmente no centro de sua jornada.
Aquela livraria presenciou o encontro de duas gerações de mulheres com grandes biografias, que se uniram para promover uma mudança no mindset da saúde sobre a visão do paciente crônico. Elas queriam construir uma solução em que se propiciasse formas possíveis de ele viver com qualidade de vida em sua nova condição, adaptado à sua sequela para voltar, com segurança, a se reintegrar como pessoa ativa de seus círculos social, familiar e cultural.
“Miriam Ikeda foi a peça fundamental porque trouxe a possibilidade de fazer algo novo e diferente do que já era realizado. Eu não tenho palavras para descrever minha admiração por ela”, disse Liv, que completou dizendo que o modelo da Humana Magna fez e faz muito sentido desde a concepção até os dias de hoje graças ao apoio, também, dos executivos Arthur Hutzler, CEO; e de Eduardo Waisbich, CFO.
A head de Marketing e Relacionamento da Humana Magna tem especializações em branding e marketing e mestrado em Comunicação. Em sua trajetória, já tinha assumido o relacionamento de uma empresa de saúde. Precisou se ausentar e focar apenas em consultorias quando seu pai teve um câncer terminal e, depois, foi a óbito em janeiro de 2017.
“Vivenciei de perto a realidade de um paciente crônico, com sequela e terminalidade. Para voltar à área da saúde, tinha que ser algo inovador, em que o paciente fosse o centro e a conta fechasse para operadora e prestador. O modelo proposto pela Miriam e pelo Arthur era totalmente o que eu buscava: executar ações com estratégia e inteligência em que o paciente se beneficiasse e houvesse transparência entre as relações”, contou Liv, que lançará em breve um livro dedicado ao seu babbo (pai em italiano), como ela carinhosamente o chamava.
No outro lado da mesa estava Miriam Ikeda, formada em enfermagem e atuante na área da saúde desde 1981. Seus 28 anos na área pública, 13 anos no setor privado e outros cinco como consultora em saúde a tornaram peça chave na estruturação do modelo assistencial da Humana Magna.
“Enxerguei na Liv uma guerreira e batalhadora, que viveu uma situação de fragilidade e estava com muita vontade em buscar formas de como fazer com que uma pessoa não sofra e tenha, ainda, bem-estar e qualidade de vida”, falou Miriam.
E este olhar de Miriam enxergar o paciente como indivíduo vem de berço. Ainda criança, com dois anos e meio, ela contraiu poliomielite e seus pais decidiram que ela não seria tratada como uma paciente, mas sim como uma pessoa. O resultado: uma estrutura sólida foi proporcionada para Miriam seguir em frente com autonomia e que possa deixar um legado.
“Ganhei um verdadeiro presente quando fui convidada para montar a Humana Magna, porque contemplou todo meu aprendizado”, contou. Em dois anos, a instituição conquistou 204 internações, 95 altas seguras para casa e 31 altas antes do prazo.
São resultados que mostraram que, quando áreas distintas trabalham unidas, o crescimento é inevitável. Miriam e Liv são a prova de que um encontro entre mulheres determinadas pode dar início a uma grande história de sucesso, que renderá muitos frutos para futuras gerações.
*Matéria publicada na edição 68 da revista Healthcare Management.