Pró-Saúde investe na melhoria da gestão e conquista certificações de Qualidade
O Brasil é um dos maiores países do mundo, com dimensões continentais, com grande variedade de culturas, climas e etnias. Um país gigante, que convive com um grande desafio: levar atendimento especializado em saúde a locais remotos, acessíveis em algumas ocasiões apenas por meios fluviais.
Esta preocupação norteia a atuação da Pró-Saúde, que está atenta às peculiaridades de cada comunidade atendida nas diferentes regiões em que atua. A instituição está inserida, por exemplo, na maior floresta tropical do mundo.
“Somente na região Amazônica, a entidade gerencia 14 hospitais – na maioria unidades públicas –, localizados nos estados do Pará, Rondônia, Mato Grosso, Acre e Amapá”, relata o Monsenhor Antônio Robson Gonçalves, 1º vice-presidente da Pró-Saúde.
“A instituição leva atendimento a todas as regiões do Brasil, até mesmo às mais remotas, seguindo o nosso carisma cristão”, completa o VP da Pró-Saúde. Além de marcar presença em cinco estados amazônicos, a Pró-Saúde também gerencia hospitais nos estados de Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com o 1º vice-presidente da Pró-Saúde, uma missão essencial é o pilar do trabalho das unidades hospitalares: o atendimento de excelência aos pacientes.
“Na Pró-Saúde, nos preocupamos com a melhoria permanente da qualidade da gestão e da assistência prestada, buscando integração das diversas áreas envolvidas, como médica, tecnológica, administrativa, assistencial, entre outras”, diz.
22 HOSPITAIS
Em seus 50 anos de história, a missão da Pró-Saúde manteve seu compromisso em prestar assistência em saúde humanizada e de excelência, independente se o paciente está nas aldeias indígenas da Amazônia ou nos grandes centros urbanos. A qualidade sempre norteou a atuação da instituição.
Tanto que, dos 22 hospitais gerenciados pela Pró-Saúde, oito possuem certificação de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA), sendo seis Acreditados com Excelência (ONA 3):
– o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, e
– o Hospital Público Estadual Galileu, ambos localizados em Belém (PA);
– o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém (PA);
– o Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira (PA);
– o Hospital Yutaka Takeda, em Parauapebas (PA); e
– o Hospital Memorial Arthur Ramos, em Maceió (AL).
Com o segundo nível desta certificação – a Acreditação Plena (ONA 2) -, a instituição possui o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, situado em Vitória (ES). Já o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua (PA), conquistou recentemente a Acreditação ONA 1.
“As certificações permitem a avaliação do trabalho desenvolvido por uma entidade externa, de forma isenta e comprometida com os resultados. Trata-se de uma ferramenta estratégica para a gestão, já que a certificação possibilita a definição de indicadores que garantem os resultados obtidos”, afirma o Monsenhor.
ATENDIMENTO HUMANIZADO
Para 2020, segundo o VP da Pró-Saúde, o foco não poderia ser diferente. O planejamento estratégico da instituição prevê certificações para novos hospitais, além de manutenções e upgrades de certificações.
“Nosso compromisso, acima de tudo, é com o paciente. Isso é confirmado na prática com a aprovação pelos usuários dos serviços que oferecemos – cuja média é sempre superior aos 90%”, ressalta o religioso.
Segundo ele, essa credibilidade é alcançada por conta do modelo de gestão da instituição, calcado no respeito às boas práticas e na implantação de projetos que resultam em certificações, premiações e reconhecimentos, “justamente porque não medimos esforços para a satisfação dos pacientes”.
Exemplo desse comprometimento vem da divisa do Brasil com a Bolívia, onde a Pró-Saúde mantém o Hospital Bom Pastor, especializado para atender uma população de 6,2 mil indígenas. A unidade oferece um serviço 100% gratuito, contando no quadro de colaboradores com um indígena que é técnico em enfermagem. “Como ele tem fluência no dialeto, permite a comunicação entre os profissionais de saúde e o público atendido. Além disso, o hospital oferece uma dieta voltada aos hábitos alimentares indígenas, instalou redes nas enfermarias e criou um ambiente que se assemelha a uma oca indígena, construída para humanizar o atendimento dos pacientes e visitantes”, relata.
ENFERMAGEM DE EXCELÊNCIA
A busca pela certificação tem grande importância para a Pró-Saúde, pois permite à instituição se manter em permanente aperfeiçoamento. E isso vale para todos os setores da instituição. Uma área que obteve inegável avanço foi a gestão de Enfermagem, como resultado da adesão da organização ao Programa Nacional de Qualidade (PNQ) – um completo sistema de certificação e valorização da Enfermagem no Brasil, desenvolvido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
De acordo com Fernando Paragó, diretor Corporativo Médico da Pró-Saúde, esta certificação trouxeum forte impacto para as lideranças e equipes assistenciais da instituição. “À época, em outubro de 2018, durante as visitas técnicas de auditoria do Programa Nacional da Qualidade, o Hospital Yutaka Takeda foi se destacando e atingiu 90% de conformidade nos requisitos avaliados”, comenta.
O Hospital atingiu um feito inédito para uma unidade hospitalar que está situada no meio da Floresta Amazônica: se tornar a primeira do Brasil reconhecida com o selo de qualidade do Cofen.
“A experiência de gestão da Pró-Saúde nos credenciou para certificar mais três unidades, inclusive o primeiro hospital 100% SUS no Brasil, localizado na capital do Pará, o Hospital Público Estadual Galileu”, revela.
Os Hospitais Cinco de Outubro, em Canaã dos Carajás, e de Porto Trombetas, em Oriximiná, também foram contemplados com esta conquista, que reconhece as melhores práticas na segurança do paciente. Para a gestão da Pró-Saúde é fundamental ter o reconhecimento do Cofen,pois ele assegura que a instituição está prestando cuidados em Enfermagem de alto nível.
Hoje, investir no profissional de Enfermagem e qualificar este setor é uma prioridade para a instituição.
HOSPITAIS EM ÁREAS REMOTAS
No entanto, a obtenção do Programa Nacional de Qualidade do Cofen requer a superação de alguns desafios, como a organização de todo o processo de trabalho da Enfermagem, assegurando sua excelência de modo a atender todos os requisitos propostos pelo PNQ. Isso envolve desde as questões relacionadas à legislação, até procedimentos e protocolos que precisam ser implementados.
“Mais do que isso, estes procedimentos precisam ser efetivamente aplicados para que os auditores do PNQ possam confirmar que a teoria está sendo aplicada”, salienta o executivo.
No caso da Pró-Saúde, estes desafios são somados à questão das distâncias, já que suas unidade hospitalares estão situadas em locais remotos. “Levar este nível de organização do processo de trabalho da Enfermagem para lugares que não são próximos dos grandes centros formadores de profissionais do país foi um desafio”, afirma.
O diretor Corporativo Médico da Pró-Saúde sublinha que, para superar estes desafios, o direcionamento corporativo e institucional é fundamental. “A alta direção da Pró-Saúde entendeu a importância desta qualificação, começando, especialmente, pelos hospitais nas regiões afastadas, onde fazemos mais diferença no tratamento dos pacientes que precisam.”
EFICIÊNCIA NA PRESTAÇÃO DO CUIDADO
E muitos são os benefícios propiciados pelo Programa Nacional de Qualidade à gestão da Pró-Saúde, de acordo com Rogério Kuntz, diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará. “O profissional de Enfermagem é a primeira barreira para evitar que desvios aconteçam na assistência, uma vez que ele está ao lado do paciente por mais tempo durante o processo de internação. É ele quem administra o medicamento, afere os sinais vitais e presta cuidados gerais.”
Por isso, garantir que este profissional tenha a maior eficiência na execução do seu atendimento impacta positivamente na percepção do paciente, e na experiência dele ao longo da sua jornada na instituição. Do ponto de vista da eficácia, uma assistência de Enfermagem correta pode reduzir lesões por pressão, quedas, tempo médio de permanência do paciente e giro de leitos no hospital, refletindo de forma positiva nos indicadores assistenciais e institucionais.
Sobre a questão econômica, Kuntz afirma que a Pró-Saúde já conseguiu apurar que, apesar de inicialmente necessitar de um investimento do hospital, mesmo com eventual contratação de profissionais para complementação de quadros ou redistribuição de plantões, não houve aumento no custo final da operação das unidades.
A implementação do Programa Nacional de Qualidade possibilitou à Pró-Saúde a sistematização da atenção de Enfermagem, alinhada aos requisitos definidos pelo Conselho Federal de Enfermagem. Resultado: maior eficiência na prestação do cuidado e redução do desperdício.
APRIMORAMENTO DA GESTÃO
Em 2017, a Pró-Saúde deu início à implantação políticas para aprimorar e assegurar a perenidade de suas ações, norteando seu modelo de Governança Corporativa. A instituição incorporou políticas arrojadas voltadas, por exemplo, à capacitação dos colaboradores e às práticas de governança.
“Nesta visão, a Pró-Saúde lança, neste ano, uma plataforma 100% EAD para a formação de todos os funcionários da instituição. Uma iniciativa que será online, integrada e dinâmica”, afirma o Monsenhor Gonçalves.
Nos últimos anos, a entidade também vem implementando ferramentas com o objetivo de melhorar sua governança, como a adoção do Código de Ética e Conduta, que contém os princípios e as normas da entidade, disciplinando os relacionamentos internos e externos. Outra ação implementada foi o Canal Consulta Ética, pelo qual os colaboradores podem encaminhar à alta gestão da instituição perguntas relacionadas ao seu dia a dia profissional.
“Estas ferramentas asseguram padrões de integridade na rotina institucional da Pró-Saúde, que busca aperfeiçoar sua atuação e fortalecer seus princípios de integridade constantemente”, frisa o Monsenhor Gonçalves.
Para se ter uma ideia do quanto se prioriza o aperfeiçoamento da Governança na Pró-Saúde, a organização já desenvolveu cerca de 230 documentos focados no tema, distribuídos em áreas como Políticas Corporativas, Manuais Institucionais, Manuais Técnicos, Instruções de Trabalho e uma série de formulários e fluxogramas.
*matéria publicada na edição 68ª da revista Healthcare Management.