O Fórum Healthcare Business – FHCB 2020 começou ontem (20/10) e trouxe conteúdos de extrema importância para o setor da saúde. A programação do primeiro dia contou com palestras e debates sobre a redução da receita de instituições de saúde devido à queda dos atendimentos; telemedicina e os desafios de gerir pessoas tendo em vista o esgotamento de colaboradores.
A palestra do Diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês, Fernando Ganem, abriu o FHCB 2020 com o tema “Os pacientes fugiram! Como sobreviver à redução da receita de Instituições de Saúde devido a diminuição dos atendimentos por causa da pandemia?”.
Ganem afirmou que o fluxo de pacientes na emergência caiu abruptamente no HSL. “O atendimento no Pronto Socorro foi de 300/dia para 100/dia, uma queda de 70%. Nosso Centro de Diagnóstico caiu 90% nos atendimentos. Consultas ambulatórias foram interrompidas”.
O debate de mesmo tema contou com a participação de Fernando Torelly, superintendente do HCor e Carlos Costa, CEO da Rede Paulo de Tarso de Cuidados Continuados Integrados, além da moderação de Leonardo Barberes, Secretário Geral da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro e conselheiro fiscal efetivo da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).
Carlos Costa O CEO da Rede Paulo de Tarso de Cuidados Continuados Integrados pontuou que a elevação de custo dos materiais e medicamento durante a pandemia foi muito prejudicial. “Ao meu ver isso foi criminal, pois muitos desses suprimentos chegaram a ter 5 mil por cento de reajuste.”
Telemedicina
A segunda palestra do FHCB 2020 trouxe o tema “A COVID-19 acelera a Telemedicina” e foi ministrada pelo Chefe da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, professor Chao Wen. “Ouço muitas pessoas falando sobre a telemedicina ser uma ferramenta, mas é um método médico de investigação e cuidados não presenciais. É um braço da medicina que permite criar outro conceito e chegar à saúde conectada 5.0.”
Para seguir com esse debate, Wen se juntou a Marco Bego, Diretor do Instituto de Radiologia do HCFMUSP, e Fábio de Carvalho, CIO do Adventista Paraguai. A mediação ficou a cargo de Gustavo Kiatake, presidente da SBIS e do Masterclass de Tecnologia na SAHE’21. Os executivos comentaram suas experiências com a telemedicina e as dificuldades do início da pandemia.
Saúde Mental
Encerrando o primeiro dia do FHCB 2020, a CPO da Vitalk, Ines Hungerbühler, foi convidada a palestrar sobre “Saúde mental: o desafio da Gestão de Pessoas frente ao esgotamento de colaboradores”.
“Se a sua saúde mental não está boa, então você não conseguirá cuidar da saúde mental de seus colaboradores. É importante ter o autocuidado, além de uma comunicação não-violenta, cultura de feedbacks e valorizações, entre outros”, comenta.
A discussão continuou com a participação de Erika Vrandecid, diretora do Biocor; Lídia Abdalla, CEO do Laboratório Sabin; e Petrúcio A. Sarmento, Diretor de Provimentos na UNIMED de João Pessoa. A mediação foi feita por Lauro Miquelin, CEO da L+M.
Erika acredita que o home office ajudou a melhorar a qualidade da saúde mental dos colaboradores, mas também teve seus prejuízos. “O trabalho remoto teve grande influência em reduzir riscos de stress, de transtornos no trajeto ao trabalho e aumentou o convívio de todos com suas famílias. Mas também trouxe problemas, como trabalho excessivo, falta de limite entre a vida profissional e pessoal, por exemplo.”
O segundo dia do Fórum Healthcare Business continua hoje e traz temas como desafios da cadeia de logística, lições pós covid e o salto quântico para uma nova saúde.
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Confira o primeiro dia do FHCB 2020 na íntegra: