Centro de Atenção Integral à Saúde oferece reabilitação para pacientes com sequelas da Covid-19

Centro de Atenção Integral à Saúde oferece reabilitação para pacientes com sequelas da Covid-19

Quase um ano depois do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, médicos e cientistas seguem tentando descobrir o porquê dos infectados reagirem de forma tão diferente à doença. Quem contrai o novo coronavírus pode ser assintomático, ter sintomas leves, graves e sequelas a longo prazo. Segundo a fisioterapeuta Luciane de Oliveira, no CAIS – Centro de Atenção Integral à Saúde, do Grupo São Cristóvão, cansaço e falta de ar são os maiores sintomas respiratórios relatados devido à redução da capacidade pulmonar. “A perda da força muscular é o principal prejuízo motor, assim como a elevação das frequências respiratória e cardíaca, consequência da tempestade inflamatória causada pelo vírus SARS-CoV-2.”

A evolução dos pacientes depende de uma série de fatores como: frequência, intensidade, tempo de reabilitação, sendo que os objetivos variam de acordo com o grau de acometimento pulmonar e muscular de cada um. Entretanto, é possível notar uma melhora significativa em quatro a cinco semanas de tratamento, em média.

Os pacientes atendidos no CAIS são submetidos a um protocolo de avaliação realizado pela equipe de fisioterapia. A avaliação conta com mensuração dos parâmetros vitais, teste de força dos músculos respiratórios, intensidade da força muscular, pico de fluxo expiratório, teste de capacidade funcional, escala de esforço e de estado funcional pós-Covid.

“Essa abordagem quantitativa fornece dados para um atendimento mais qualitativo. A conduta segue com exercícios de baixa intensidade, treinamento muscular ventilatório, fortalecimento de core (músculos abdominais, da região lombar, pelve e quadril) técnicas de expansão pulmonar, exercícios aeróbicos e fisioterapia motora (exercícios passivos, ativos, assistidos e resistidos) e treinamento de equilíbrio e marcha, de acordo com as necessidades de cada paciente. Além disso, as reabilitações respiratória e motora estão intimamente relacionadas”, reforçou Luciane.

Os pacientes em reabilitação da Covid-19 têm também acompanhamento psicológico no CAIS, devido aos transtornos mentais mais relatados, como estresse pós-traumático, instabilidade emocional e distúrbio do sono. Segundo a fisioterapeuta, mudanças nas rotinas, nas relações familiares, limitação e dependência nas atividades diárias causadas pelo impedimento da função motora, levam a uma restrição na participação e a comprometimentos biopsicossociais, que envolve a saúde física, psicológica e social de um indivíduo.

Para finalizar, a profissional reforça que, para uma melhora significativa, deve-se ter um trabalho coletivo. “A fisioterapia respiratória e motora é essencial para mudar esse desfecho funcional. Mas, para melhorar a qualidade de vida e garantir uma reabilitação global, devemos contar sempre com uma equipe multiprofissional, como: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e educador físico, todos disponíveis no Centro de reabilitação do Grupo São Cristóvão, o CAIS. O olhar mais ampliado, a empatia e uma atenção mais acolhedora, são essenciais para recuperar corpo e mente dos pacientes que chegam tão fragilizados e debilitados.”

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