A Microbiologia do DB Diagnósticos ganhou novos olhares. Recentemente, com a evolução nas análises microbiológicas, o setor se destacou com exames fundamentais para o diagnóstico de doenças e, consequentemente, seus tratamentos, como o caso da Covid-19. Conhecidos como Hemocultura e Cultura de vigilância, os exames compõem os protocolos de internação de pacientes com a SARS-Cov-2.
“Em casos complicados de Covid-19, muitas vezes, as pessoas cursam com infecções secundárias, causadas pelo estado crítico do paciente e o uso de dispositivos cateteres e ventilação mecânica. Os protocolos de internação determinam a realização de hemoculturas e culturas de vigilância para o monitoramento do doente. Outras culturas podem ser solicitadas ao longo da internação para avaliação e diagnósticos auxiliares, como a cultura de secreção pulmonar, por exemplo, que tem causado um impacto significativo nesses casos”, diz Carlos Domingos, coordenador de projetos do setor de Microbiologia do DB Diagnósticos.
Essas análises são de grande importância para o momento social que o país vive. A pandemia do coronavírus tem lotado UTIs de todo Brasil e exigido atenção dos profissionais: “Os exames utilizados em pacientes com coronavírus detectam a presença de micro-organismo patogênicos. Essas amostras são submetidas à cultura em meios específicos. Assim, após o período de incubação, é observado o crescimento bacteriano ou fúngico, que é avaliado e identificado por meio de teste de sensibilidade”, explica Carlos.
Devido ao elevado uso empírico de antibióticos, associados à susceptibilidade desses pacientes, há forte risco de desenvolvimento de infecções por micro-organismos multirresistentes, que configuram um importante fator no aumento dos índices de mortalidade. “A determinação de multirresistência é vital não apenas para o direcionamento correto do tratamento, como para medidas de contenção adequadas. Evitar a disseminação de bactérias multirresistentes no ambiente de internação é essencial para evitar que surtos ocorram, o que pode levar ao fechamento de serviços médicos, tão necessários nesse momento”, complementa o coordenador. O diagnóstico precoce da coinfecção, detectando o agente etiológico e as resistências antimicrobianas, contribui para a escolha terapêutica e pode ajudar a salvar vidas e orientar as políticas de gestão antimicrobiana nos serviços médicos que tratam pacientes com coronavírus.
Esses exames já eram realizados antes da pandemia, em geral, para qualquer diagnóstico de infecções por fungos ou bactérias. Com a demanda intensificada, o setor precisou passar por uma atualização dos protocolos para maior celeridade na liberação de resultados, contribuindo para o melhor gerenciamento de leitos. Também foram criados exames com foco mais específico para determinados mecanismos de resistência, atendendo às necessidades específicas de cada serviço médico.
Nos últimos anos, o setor de Microbiologia do DB cresceu em média 24% ao ano. Desde 2019, o setor reformula seus processos e implanta melhorias para atender com mais precisão a seus parceiros. Aplicando mais tecnologia aos maquinários, o setor ganhou cerca de 120% mais produtividade em um curto período. O novo parque tecnológico do DB, dedicado às análises microbiológicas, tem capacidade para a realização de mais de 200 mil exames por mês, incluindo todas as unidades técnicas.