O Brasil e a Suíça frente à OMC e ao Banco de desenvolvimento Mundial conseguirão ter um bom futuro?

O Brasil e a Suíça frente à OMC e ao Banco de desenvolvimento Mundial, conseguirão ter um bom futuro e haverá desenvolvimento?

O Brasil pode se beneficiar, assim como a Suíça, junto à Organização Mundial do Comércio e ao Banco de Desenvolvimento? Creio que sim!

O Brasil, por ter lutado na segunda grande guerra ao lado dos aliados, garantiu um lugar importante como membro da OMC, tal como a Suíça com sua neutralidade. Ambos países estão entre os 164 membros da OMC, sendo o Brasil um dos países fundadores e integrante do G-20 e a Suíça, seu país sede, localizada na cidade de Genebra.

Ao longo do tempo, as bem-sucedidas demandas apresentadas e defendidas pelo Brasil, possibilitou o país a mudar de posição frente à Organização: de system-affecting para system-influecing. No ambiente de solução de controvérsia, o Brasil participou até agora de 23 casos como reclamante, 14 casos como reclamado, e ainda, em 49 casos como terceira parte. Entre as suas sucessivas vitórias, se destacam os casos entre o Canadá (Embraer), os EUA (algodão) e a Comunidade Europeia (açúcar).

Já a Suíça, o pequeno – grande – e pragmático país alpino, tem uma excelente posição estratégica no cenário do comércio internacional, realizando investimentos e colaborando para a sustentabilidade do que seu parque industrial produz.

O país Helvético, devido às elevadas contribuições financeiras, tem um peso enorme junto ao Banco de Desenvolvimento Mundial, de forma que sua força econômica possibilita que diretores executivos de seus bancos tenham direito a voto em comissões que eles presidem.

Através dessa estratégia, a Suíça tem como foco trazer mais transparência e rentabilidade aos seus negócios, abrangendo toda a economia e assegurando seu crescimento e prosperidade.

Em termos de investimento, a política governamental da Suíça possui um portfólio de longo prazo e conta, ainda, com patrocinadores da iniciativa privada, que investem proporcionalmente, cerca de 10% em telecomunicações, mídia e tecnologia, 23% agroindústria e produção de alimentos, 40% em infraestrutura e 27% no setor bancário.

A distribuição geográfica mundial dos investimentos é de 10% para regiões da Europa e Asia central, 45% para o Oriente Médio e África, 30% para a América Latina e Caribe, 5% para a Asia Oriental e na 10% para a América do norte. Nos 30% destinados à América Latina, o Brasil representa o maior mercado e ainda há muito a ser trabalhado, devido sua expansão geográfica e de sua população.

Nos últimos 25 anos a OMC desempenhou um papel fundamental no processo de transformação das relações econômicas internacionais. Foram criadas normas regulatórias para o comércio global, que fomentaram um enorme crescimento econômico entre os países membros.

As tarifas aduaneiras foram reduzidas, as rendas nacionais subiram, as condições comerciais tiveram maior previsibilidade, além do avanço alcançado nas comunicações.

Como consequência, foi criada uma cadeia de valor global que representa hoje, no setor do comércio, cerca de 70% do negócios que acontecem no mundo. Além disso, obteve uma melhora de um terço na diminuição da pobreza extrema no mundo, ou seja, da quantidade de pessoas que vivem com US$1,99 por dia.

O trabalho desenvolvido pela OMC é fundamental para ativar a economia. Recentemente os países membros construíram um acordo que reduziu e simplificou os procedimentos aduaneiros, ativaram o comércio de produtos de Tecnologia da informação e aboliram subsídios prejudiciais ao mercado agrícola.

Atualmente os países membros estão trabalhando para a criação de regras para mercados importantes como, por exemplo, a Tecnologia da informação.

O objetivo geral é a facilitação de obtenção de investimentos, aumento significativo da presença da mulher e de empresas de menor porte no comercio global, promovendo a inclusão e multiplicação dos negócios. Há ainda o desafio de revisar e retroagir as restrições comerciais adotadas recentemente por alguns países, e que geraram um impacto mundial negativo de US$747 bilhões em importações.

O cenário futuro trará grandes e profundas mudanças, principalmente por conta do efeito que o Covid-19 causou no comportamento mundial. Mas, continuo certo de que essas mudanças serão positivas e de que o mundo continuará crescendo e se desenvolvendo ao longo dos próximos anos. Dentro desse cenário, tanto o Brasil como a Suíça, devem crescer e fortalecer as transações comerciais entre si e em todo o ambiente internacional.

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