Em parceria com a Liga Ventures, Centro de Inovação Atrion irá fomentar ecossistema de inovação com mentorias e suporte a iniciativas de alto impacto para o setor
Imagine um aplicativo instalado no relógio de pulso de um paciente com insuficiência cardíaca. Ele abastece a ficha médica com dados como pressão arterial, batimentos cardíacos, consumo de água e quantas vezes a pessoa foi ao banheiro. Qualquer informação fora do normal dispara um alerta para o médico, que vai decidir se deve fazer algum ajuste na medicação, se uma teleconsulta é suficiente ou se o atendimento tem de ser presencial.
Este processo envolveu tecnologia, inteligência artificial, jornada digital do paciente e comunicação. “Hoje existem softwares capazes de prever até infartos e paradas cardiorrespiratórias seis horas antes que ocorram. Algoritmos que salvam vidas. Isso não é mais o futuro da saúde, mas o presente. Podemos usar agora a medicina preditiva, preventiva e de precisão para oferecer atendimento e tratamento personalizado a cada paciente e buscar os melhores desfechos”, destaca o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini.
Para fomentar um ecossistema de inovação e transformar o setor da saúde com soluções de alto impacto, como o exemplo acima, o Hospital Moinhos de Vento — um dos seis hospitais de excelência do Brasil — inaugura nesta quarta-feira (5) o Centro de Inovação Atrion. Os pilares do empreendimento são as conexões de startups a grandes empresas e o apoio a iniciativas internas de colaboradores e corpo clínico do hospital. O objetivo é criar oportunidades e descobrir novos negócios, acompanhando a transformação tecnológica do setor de saúde.
A iniciativa, em parceria com a Liga Ventures — plataforma que conecta empresas e startups para gerar novos negócios —, conta com um programa de aceleração. O objetivo é selecionar startups que atuam no desenvolvimento de soluções em processos ágeis e automatizados, digitalização e personalização da experiência do paciente, novas tecnologias em educação, além da área de materiais, prevenção e sustentabilidade.
O superintendente acrescenta que o programa foi desenvolvido com desafios que atendem tanto às demandas atuais do hospital, quanto à criação de soluções inovadoras que irão proporcionar maior eficiência para o setor de saúde brasileiro e impactar na experiência dos pacientes. “Neste trabalho em conjunto, as startups selecionadas realizarão projetos em parceria com profissionais especializados e contarão com a infraestrutura de ponta do hospital. Ao final do programa, caso o projeto seja validado, as empresas poderão ser contratadas como parceiras ou como fornecedoras do Hospital Moinhos de Vento”, explica Parrini.
De acordo com o coordenador médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Cabral, as startups selecionadas irão participar, durante quatro meses, de um processo de aceleração de alto nível. “Queremos oferecer aos donos dessas soluções inovadoras mentorias exclusivas com uma rede de parceiros, executivos e colaboradores de uma instituição com mais de 90 anos de experiência no mercado de saúde, além de networking intenso com profissionais e empresas da área. Os empreendedores ainda terão a oportunidade de desenvolver projetos junto à instituição, com suporte oferecido pela Liga Ventures”, pontua o médico.
De acordo com Rogério Tamassia, cofundador da Liga Ventures, o segmento de saúde tem crescido consideravelmente nos últimos anos e ser o parceiro que irá ajudar o Hospital Moinhos de Vento a prospectar tecnologias em prol da evolução do ecossistema vai ao encontro do propósito da plataforma. “Nossa principal missão é conectar empresas de referência em seus mercados de atuação com startups para potencializar interações e gerar novos negócios. Poder auxiliar um hospital, que é considerado o sexto no ranking dos melhores da América Latina e o segundo melhor do Brasil, e oferecer uma interatividade entre todas as pontas que englobam a cadeia de inovação, nos deixa muito entusiasmados”, conclui.
As startups selecionadas no programa terão acesso não apenas aos profissionais e à infraestrutura da instituição, como também poderão testar suas soluções em um ambiente que realiza mais de meio milhão de atendimentos por ano. Serão contatos com diversas personas que permitirão a validação na “vida real”.
As startups interessadas poderão se inscrever até o dia 13 de junho, no site do Centro de Inovação Atrion.