A visão empreendedora de Ogari Pacheco frente à Cristália

Empresário foi eleito entre os “100 mais Influentes da Saúde na Década”, realizado pelo Grupo Mídia

O empresário Ogari de Castro Pacheco é uma das grandes personalidades do da saúde brasileira. O médico foi um dos fundadores do Cristália, um complexo industrial Farmacêutico, Farmoquímico, Biotecnológico e de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação, em 1972.

As primeiras inovações marcantes do projeto vieram quatro anos depois, quando o Cristália passou a produzir o haloperidol, tirando o monopólio das mãos de uma multinacional e reduzindo seu preço. 

Com mais de 49 anos de existência, o Cristália produz aproximadamente 60% dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) utilizados em seus medicamentos, enquanto outras empresas brasileiras importam 90% dos mesmos.

“Quem pretende ter IFAs modernos deve ser capaz de produzi-los. Sei que nenhuma empresa do mundo possui 100% de abastecimento próprio, mas queremos chegar o mais próximo dessa marca”, afirma Pacheco.

Pacheco e o Cristália focaram grande parte de seus esforços na produção desses Insumos, como o primeiro Hormônio do Crescimento Humano biossimilar do país, a somatropina, que abastece toda demanda nacional sem a necessidade de se utilizar um medicamento importado. 

Segundo Pacheco, o Brasil tem grande capacidade de inovação e pode se destacar em diversos pontos, inclusive com relação aos IFAs. “O Brasil tem uma massa produzida muito grande, mas sempre produz mais do mesmo. Para conseguir fabricar medicamentos inovadores, precisamos ter pesquisadores devidamente capacitados, estimulados e voltados à inovação.”

Além disso, o Cristália investe grande parte de seus esforços em anestésicos e narcoanalgésicos, se tornando responsável pelo abastecimento de 95% dos hospitais brasileiros. Atualmente, a empresa figura entre os maiores produtos de anestésicos da América Latina.

Ao longo de sua carreira, o médico formado pela Universidade de São Paulo percebeu o peso de sua profissão e o quanto pode beneficiar pessoas ao redor do país. Ogari acredita que é sua responsabilidade devolver para a sociedade o que dela recebeu, e consegue isso através da  medicina.

“Eu recebi uma formação completa em escolas e universidades públicas de alto padrão. Nada é mais justo do que eu devolver para a sociedade o que dela recebi e tenho esse objetivo desde minha graduação” diz Pacheco

E não foi apenas nesse ponto que o setor acadêmico foi importante para a vida de Pacheco e do Cristália. Para conseguir uma trajetória de sucesso na área de pesquisa e inovação, o líder acredita que a interação com universidades foi de grande valor.

“O relacionamento entre a indústria e a academia sempre foi muito restrito. Então criamos um conselho científico que visa promover a interação com faculdades e entidades pesquisa. Isso resultou em inúmeras parcerias” segundo Pacheco

Esse conselho busca captar novas ideias e projetos e já resultou em mais de 50 parcerias com instituições de pesquisa, universidades, agências de fomento, profissionais de saúde, entre outros.

Para os próximos dez anos, Pacheco acredita que a saúde se elevará a patamares muito acima dos que conhecemos hoje. “Convivemos com uma transição extremamente vigorosa, importante e sem precedentes que envolve desde a telemedicina e telessaúde, bem como métodos absurdamente revolucionários no campo da biotecnologia.”

O médico acredita que esses pontos, aliados a um uso mais difundido e preciso de Inteligência Artificial (IA), trarão mudanças grandiosas. “Até o final da próxima década, a humanidade não será mais a mesma” finaliza Pacheco.

Assista a cerimônia de premiação do “100 Mais Influentes da Saúde da Década”.

Essa e outras matérias você confere na edição 76 da Revista Healthcare Management.

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