A luta de Manoel Neri, presidente do Coren-RO, pela valorização da enfermagem
Manoel Carlos Neri da Silva é, desde janeiro de 2021, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO).
Contudo, sua história na luta pela classe vem desde 2007, quando assumiu pela primeira vez a presidência do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Silva assumiu importantes compromissos com a enfermagem brasileira, ampliados pela pandemia da Covid-19.
“2020 foi um ano atípico e exigiu diversos ajustes para assegurar a fiscalização e segurança do exercício profissional da enfermagem.”
Sob sua gestão, o Cofen monitorou a situação pandêmica criando o Comitê Gestor de Crise (CGC), que consolidou dados e qualificou intervenções normativas, técnicas e logísticas do Sistema Cofen.
“Divulgamos em tempo real essas informações sobre a pandemia, através do site Observatório da Enfermagem, e o conteúdo foi amplamente utilizado pela imprensa, órgãos técnicos e governamentais.”
Ainda com relação à pandemia da Covid-19, o Cofen desenvolveu ações com foco na disponibilização de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), incluindo ações de comunicação, mobilização do departamento jurídico e compra de máscaras de proteção.
“Trabalhamos duro também para combater notícias falsas e promover boas práticas profissionais. Mostramos o exaustivo trabalho desenvolvido pelos profissionais em todo o país e elaboramos para a imprensa pautas relevantes para assistência em enfermagem e saúde coletiva.”
A última década também foi marcada pelos cursos e pesquisas realizados pelo Cofen. Em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fomentamos a criação e expansão de programas de mestrado profissionais com foco na Sistematização da Assistência de Enfermagem e Gestão em Enfermagem.
Já o mestrado institucional em Gestão Econômica de Finanças Públicas, oferecido pelo Cofen em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), teve continuidade.
“Com esse curso, buscamos qualificar funcionários efetivos e conselheiros gestores de todas as regiões, assegurando ganhos de longo prazo para o Sistema Cofen e Conselhos Regionais.”
No âmbito da pesquisa e aprimoramento técnico-científico, Silva destaca a pesquisa “Práticas de Enfermagem no Contexto da Atenção Primária à Saúde” e a realização da pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ESNP/Fiocruz).
Os planos de Silva para o futuro já se iniciaram. Segundo ele, a visibilidade conquistada pelos profissionais de enfermagem na luta contra a Covid-19 revelou que os profissionais necessitam de maior reconhecimento do poder público.
“Questões há muito reivindicadas, como salário adequado, insalubridade, jornada de trabalho de 30 horas e condições de trabalho melhores, estão entre as propostas para garantir o que é essencial para os profissionais, durante e depois da pandemia.”
Silva continua: “É evidente que a qualidade da assistência está vinculada à valorização profissional. O trabalhador da Enfermagem está no coração do SUS, representando 60% da força de trabalho, e não se faz saúde sem recursos humanos.”
Além disso, para os próximos anos, Silva afirma que vão intensificar ainda mais a atuação dos Conselhos de Enfermagem na qualidade da formação de profissionais, através de cursos, palestras e novas linhas áreas de atuação para o Profen/Cofen-CAPES.
Assista a cerimônia de premiação do “100 Mais Influentes da Saúde da Década”.