Instituições que funcionam durante 7 dias por semana, 24 horas por dia, como é o caso dos hospitais, são grandes consumidores de energia elétrica e, justamente por isso, as alternativas para a economia de energia são importantes ações.
Estratégias de redução do custo de energia, como a entrada no mercado de geração distribuída ou mercado livre, e redução do consumo por meio de iniciativas de eficiência energética têm sido adotadas como forma de reduzir os gastos.
Nesse sentido, a transição energética está diretamente associada ao uso racional dos recursos através da utilização de soluções inovadores e sustentáveis.
“Tais benefícios vão desde a redução dos custos de energia a diminuição de gastos operacionais. Com menos custo de energia, certamente haverá mais rentabilidade e maior previsibilidade de crescimento. Além disso, o benefício social que se produz com uma operação mais sustentável é de extrema relevância para a sociedade como um todo, resultando em menos impacto ao meio ambiente”, explica Aurélien Maudonnet, CEO da Helexia Brasil, player internacional em transição energética.
O segmento hospitalar é um dos setores prioritários da Helexia, conforme afirma Maudonnet. A empresa atua em vertentes como consultoria, serviço de diagnóstico energético – mapeamento do perfil de consumo energético -, avaliação das condições de infraestrutura e gestão energética.
“Também realizamos a eficiência energética e retrofit de sistemas de climatização e refrigeração, até a automação de processos, com todo o aporte de investimento realizado pela Helexia. Desta forma, ficamos responsáveis pelo planejamento, construção e instalação. O pagamento é feito por meio de parcelas mensais compatíveis com o investimento da Helexia e a economia gerada. O bacana é que, ao final do contrato, as instalações tornam-se ativos do cliente”, pontua Maudonnet.
A busca por energia limpa
Pautas da agenda ESG determinam a gestão de instituições que prezam por alternativas mais sustentáveis. Dentre elas está a redução ou compensação das emissões de créditos de carbono. Nesse sentido, destaca-se o Certificado Internacional de Energia Renovável, I-REC, comprovando que a energia elétrica consumida provém de uma fonte de energia renovável.
A Voltalia é uma das primeiras empresas a ser certificada para emissão do REC Brazil. Ao todo, já foram emitidos mais de 2 milhões de I-RECs e mais de 1 milhão de I-RECs já contratados para os próximos anos.
A empresa mira impulsionar o mercado de I-RECs na Saúde. “Acreditamos que os certificados ajudam a fortalecer o compromisso público de sustentabilidade assumido pelas empresas sobre a economia de baixo carbono. Além disso, o mercado tem sido cada vez mais exigente e os requisitos ESG passaram a fazer parte inseparável dos critérios de análise dos investidores”, defende Amaury Neto, diretor de Gestão de Ativos na Voltalia.
Recentemente, conforme explica Kátia Monnerat, diretora de Comercialização e Regulação da Voltalia Comercializadora, houve um importante crescimento de empresas do setor migrando para o mercado livre.
“Após muita resistência com o ACL (Ambiente de Contratação Livre), as empresas viram que a economia é grande e a previsibilidade de custos muito importante, já que o aumento da energia tem um alto impacto no orçamento.”
Os hospitais que estão investindo em compra de energia no mercado livre, por exemplo, podem reduzir a conta de luz em torno de 30%, sendo que alguns chegam a 35%. Uma economia alta se comparado aos demais setores, como do comércio.
“Os altos encargos que os clientes cativos estão pagando nos últimos meses também ajudam a viabilizar a migração, tendo uma maior economia quando comparado.”
Visando uma economia maior e, agora com preços mais estáveis, a atividade de migração tornou-se ainda mais atraente. A liberdade de escolha para compra de energia, a previsibilidade de um custo fixo a longo prazo e a certeza de consumir eletricidade sustentável são algumas das vantagens oferecidas ao mercado.
Voltalia no Brasil
A Voltalia é uma empresa internacional de energia renovável que desenvolve, constrói e opera usinas de fontes eólica, solar, hídrica e biomassa em vários países do mundo. “Estamos no Brasil há 16 anos e contamos com mais de 1GW em operação, e construção no país, sem contar os projetos em desenvolvimento cuja carteira tem mais de 5GW em diversos estados”, explica o CEO, Robert Klein.
O Brasil é um país chave para os negócios da empresa. “Acreditamos verdadeiramente na energia renovável como uma das saídas para questão climática mundial. No Brasil, esse cenário é ainda mais relevante porque as empresas têm um social e econômico primordial já que chegamos em localidades remotas onde temos a oportunidade de mudar a vida das pessoas seja com arrecadação de impostos, com geração de empregos ou por meio de projetos sociais.”
Em 2019, a Voltalia adquiriu a Helexia, que atua na área de geração distribuída, com presença em vários países da Europa. Já em 2020, foi lançada a Voltalia Comercializadora, que negocia energia diretamente para consumidores finais, comercializadoras, geradores, distribuidoras, desde as pequenas até as grandes indústrias, oferecendo soluções em termos de prazo, tipo de energia, forma de pagamento e garantia.
“Hoje, posso afirmar que estamos completos na cadeia de valor e com capacidade e projetos customizados para atender vários setores da economia no fornecimento de energia limpa, simples e vantajosa do ponto de vista financeiro”, finaliza Klein.