Cristália conquista 6 patentes por processo de preparação da Temozolomida

A indústria farmacêutica nacional tem uma histórica dependência da importação de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) para a produção de medicamentos. Esta dependência era ainda maior em medicamentos para o tratamento do câncer até que, em 2019, o Laboratório Cristália inaugurou sua Farmoquímica Oncológica.

Atualmente, o laboratório produz seis insumos utilizados em medicamentos oncológicos de alta potência para o tratamento de adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro, sendo que um deles, a temozolomida, já recebeu seis patentes internacionais por seu processo diferenciado de fabricação.

Instalada no Complexo Industrial de Itapira (SP), a Farmoquímica Oncológica Cristália possui 3 mil m² de área construída e recebeu investimentos da ordem de R$ 150 milhões. Com equipamentos importados da Alemanha, Suíça e Itália, viabilizou a produção de IFAs oncológicos de forma mais segura.

“Um dos maiores desafios na produção de IFAs oncológicos é a alta toxicidade. Nossa Farmoquímica foi concebida para que todo o ambiente seja controlado, com extrema pureza da água, ar e com temperatura adequada. A planta também dispõe de um inovador sistema de tratamento de resíduos, com degradação específica dos componentes mutagênicos e genotóxicos, que podem causar mutação ou dano ao DNA celular ”, explica Ogari Pacheco, fundador do Laboratório Cristália.

Tecnologia da Cristália

As seis patentes internacionais conquistadas pelo processo de preparação da temozolomida são um dos reconhecimentos da tecnologia inovadora desenvolvida pelo Cristália. A primeira foi concedida em 2020, nos Estados Unidos, e as demais em 2021 e 2022, em Israel, México, China, Índia e União Europeia. 

O IFA Temozolomida é utilizado em medicamentos indicados no tratamento de glicomas de baixo e alto grau, incluindo o astrocitoma anaplásico, o glioblastoma multiforme e o melanoma metastático maligno em estágio avançado. “Conseguimos produzir um  insumo de padrão internacional com um processo mais seguro”, finaliza Pacheco.

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