A Cimed, farmacêutica brasileira, acaba de inaugurar sua segunda unidade industrial em Pouso Alegre, Minas Gerais. Com a nova fábrica, toda a produção de medicamentos sólidos será migrada para a planta, que terá capacidade para produzir 60 milhões de unidades de sólidos orais por mês. Até o momento, a farmacêutica investiu cerca de R$ 300 milhões, destinados à parte estrutural da planta e também na aquisição de equipamentos de última geração. Os investimentos podem chegar a R$ 500 milhões até 2023.
“Para início de produção na nova planta, adquirimos equipamentos de última geração como compressoras, encartuchadeiras, leitos fluidizados e revestidoras, todos com sistemas embarcados de alta tecnologia. Também contratamos cerca de 500 novos funcionários, em sua maioria da região de Pouso Alegre e São Sebastião da Bela Vista” conta Amaraí Furtado, Diretor Executivo de Operações na Cimed.
Com 44 mil m² de área construída, a nova planta ainda conta com uma área específica para produção de lotes pilotos, item essencial para uma avaliação mais criteriosa quanto às características e a qualidade de um produto farmacêutico.
Com a inauguração da nova unidade, o grupo Cimed passa a operar com três plantas fabris – Unidades I e II, além do Parque Gráfico – todas em Pouso Alegre. A primeira unidade seguirá focada na produção de líquidos, pomadas/cremes, antibióticos, vitaminas, hormônios e ainda, higiene e beleza. Nessa planta, a Cimed está investindo para ampliar em 50% a capacidade de produção de vitaminas. A fábrica II será dedicada aos sólidos orais, especialmente genéricos. Com a nova operação, a expectativa é aumentar a capacidade produtiva dessa categoria em até 35%, chegando a 60 milhões de unidades.
Já a planta gráfica, responsável pela produção das bulas e caixas de medicamentos, tem cerca de 5 mil m² de área construída e produz mensalmente 32 milhões de cartuchos, 25 milhões de bulas, 15 toneladas de alumínio e 6 milhões de rótulos.
“Na Cimed temos um propósito muito claro que é a acessibilidade. E para isso, estamos concentrando nossos esforços em expandir nossa capacidade produtiva a fim de atender a demanda da população. Com a nova fábrica, futuramente, vamos conseguir aumentar a capacidade produtiva em 130%”, explica Karla Marques, vice-presidente da Cimed.
A Cimed também é uma das poucas indústrias farmacêuticas que possuem um centro de pesquisa e desenvolvimento proprietário – o Instituto Claudia Marques de Pesquisa e Desenvolvimento, que está estruturado em quatro laboratórios, sendo um físico-químico e um microbiológico, em cada unidade fabril. O Instituto tem uma área total de aproximadamente 4.000 m² e um corpo técnico de mais de 300 colaboradores, entre farmacêuticos, químicos, engenheiros químicos e biólogos. Na estrutura, são analisados em torno de 1.200 lotes de matéria-prima e material de embalagem e 1.200 lotes de produto acabado por mês nos laboratórios.
A companhia conta com um portfólio de cerca de 600 SKUs e atende 42 mil pontos de venda por mês, graças à agilidade proporcionada pelos 25 centros de distribuição da empresa espalhados pelo país. Em 2021, a receita líquida da farmacêutica cresceu 20%, contra 11% do mercado.