A Johnson & Johnson disse nesta terça-feira que comprará a fabricante de bombas cardíacas Abiomed em um acordo de 16,6 bilhões de dólares, o maior em quase seis anos, enquanto o conglomerado busca impulsionar seus negócios cardiovasculares.
O acordo ocorre quando a J&J está desmembrando seu negócio de saúde do consumidor para se concentrar em suas operações de produtos farmacêuticos e dispositivos médicos.
O CEO Joaquin Duato, que assumiu o cargo em janeiro, disse que sua prioridade era estar “mais no lado aquisitivo” da unidade de dispositivos médicos, seu segundo maior negócio em receita.
A oferta da J&J de pagamento antecipado de US$ 380 por ação representa um prêmio de 50,7% em relação ao último preço de fechamento da Abiomed. As ações da Abiomed subiram 48% no pré-mercado.
Os acionistas da Abiomed também terão o direito de receber até US$ 35 por ação em dinheiro se certos marcos comerciais e clínicos forem alcançados.
A Abiomed, que gerou receita de US$ 1,03 bilhão no ano fiscal de 2022, desenvolve tecnologia médica que fornece suporte circulatório e de oxigenação.
Fundada em 1981, as bombas cardíacas Impella da empresa são as menores do mundo e são usadas nos Estados Unidos desde 2008. A receita mundial da Impella totalizou US$ 985 milhões no ano fiscal de 2022.
A doença cardíaca é uma das principais causas de morte nos Estados Unidos, respondendo por quase 700.000 mortes no país, conforme dados do governo para 2020.
A J&J disse que a Abiomed operará como um negócio autônomo dentro da divisão de tecnologia médica do conglomerado.
O negócio de tecnologia médica da empresa compreende dispositivos cirúrgicos, ortopédicos e vários outros. A unidade gerou mais de US$ 20 bilhões em vendas nos primeiros nove meses do ano.
O acordo, que deve ser concluído antes do final do primeiro trimestre de 2023, aumentará os lucros ajustados a partir de 2024