Para celebrar e reafirmar a importância da luta pela garantia dos direitos fundamentais de pessoas trans e travestis, o mês de janeiro é dedicado à visibilidade e reafirmação dessa população. O movimento se torna cada vez mais pertinente quando Brasil é o país que mais mata pessoas trans; 175 foram assassinadas em 2020.
Gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, o Polo de Processo Transexualizador do Hospital Dia Campo Limpo, em São Paulo, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), já realizou aproximadamente 1.000 atendimentos (médico, equipe multiprofissional e aplicação medicamentosa). O Polo existe desde 2019 e tem a parceria da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Intitulada como Janeiro Lilás, a iniciativa busca a sensibilização da sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, com o intuito de combater os estigmas e a violência sofridos pela população transexual e travesti, inclusive em unidades de Saúde. Terminando o mês, a iniciativa busca conscientizar a população como um processo contínuo que perdura durante todo o ano. Todas as pessoas no Brasil têm direito a acolhimento, nome social, processo transexualizador e encaminhamento à cirurgia de afirmação de gênero, garantido por lei.
“As unidades estão mais informadas e com acesso aos protocolos. Hoje existe abertura, elas entram em contato para tirar dúvida. Acho que isso é uma evolução, não é um assunto que fica escondido, principalmente para os profissionais de saúde, eles sabem que existe, para onde encaminhar, e se tiver dúvida, indicar quem procurar”, afirma Roberta Aparecida Lopes, supervisora técnica de saúde. Segundo ela, o acompanhamento é contínuo e abrange dimensões psíquica, social e médico-biológica.
Selo de Direitos Humanos e Diversidade
Em dezembro de 2022, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo conferiu o Selo de Direitos Humanos e Diversidade ao Hospital Dia Campo Limpo pela iniciativa do Polo de Processo Transexualizador.