Unimed Nova Iguaçu e Unimed Santa Catarina promovem debate sobre as terapias especiais
O diretor presidente da Unimed Nova Iguaçu, Dr. Joé Sestello, e o vice-presidente, Dr. Jorge Luiz Gonçalves Andrade, participaram na manhã desta quinta-feira (27) de live com o tema central “Jornada da Operadora as Terapias Especiais”.
O debate rico e esclarecedor foi conduzido pela coordenadora Médica de Atenção à Saúde da Unimed Santa Catarina, Dra. Sabrina Floriani, pelo juiz federal especialista em direito na saúde, Dr. Clenio Jair Schulze, pela especialista em psiquiatria infantil, Dra. Mailu Enokibara, e pela consultora especialista em Terapias Especiais, Tatiana Sanches. Cerca de 900 pessoas acompanharam o evento organizado pela Unimed Santa Catarina, em parceria com a Unimed Nova Iguaçu, e apoio da FESC Produtos em Saúde.
O vice-presidente da Unimed Nova Iguaçu, Dr. Jorge Luiz Gonçalves Andrade, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a relevância do debate de um tema que vem impactando de forma significativa as operadoras de planos de saúde, principalmente, após as recentes mudanças no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) relacionadas às terapias especiais para autistas.
Dr. Joé Sestello, presidente da Unimed Nova Iguaçu, complementou citando a ausência de regulação por parte da ANS, bem como dos conselhos das respectivas áreas; o uso abusivo que vem gerando altos custos que não podem ser repassados aos clientes; assim como a dificuldade de encontrar profissionais qualificados para prestar a assistência adequada aos pacientes.
Após a explanação do cenário atual e da realidade enfrentada pelas Unimeds realizada pela coordenadora Médica de Atenção à Saúde da Unimed Santa Catarina, Dra. Sabrina Floriani, o evento seguiu com a psiquiatra infantil, Dra. Mailu Enokibara, que abordou de forma clara e objetiva as principais características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a importância do diagnóstico assertivo e as principais técnicas utilizadas na assistência.
O juiz federal, Dr. Clenio Jair Schulze, ressaltou que, apesar de haver um regime jurídico que reconheça a prestação das terapias especiais (RN 539), as operadoras de planos de saúde podem argumentar casos em que não haja comprovação científica ou benefício efetivo para a melhora do quadro de saúde da criança autista.
“A boa judicialização deve levar em consideração todos os quesitos, onde a operadora pode, pautada na boa fé, apresentar evidências ao juiz de que a terapia prescrita não é a melhor conduta para o paciente. Sabemos que há uma indústria que move esse mercado e estamos enfrentando uma verdadeira banalização do TEA”, defende o jurista.
Por fim, a consultora especialista em Terapias Especiais, Tatiana Sanches, falou sobre a avaliação integral da criança, que muitas vezes não é portadora do transtorno e, sim, pouco estimulada pela família ou ainda não possui maturidade etária suficiente para desempenhar determinadas atividades.
Além disso, a especialista alertou sobre o risco de a criança ficar muitas horas semanais fazendo terapia. Para ela, é necessário haver um equilíbrio e o seu tempo de ir à escola, brincar, interagir com outras crianças precisa ser respeitado.