Guilherme Sander, da Sisqualis, analisa interoperabilidade na saúde pública

“A interoperabilidade é forma mais evidente para melhorar a gestão e eficiência da saúde pública”, afirma CEO da Sisqualis

Investir em tecnologia é um grande desafio, em especial para instituições de saúde pública. Apesar disso, o Brasil caminha em direção ao futuro.

A interoperabilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) é citada na portaria 2.073, de 31 de agosto de 2011, que regulamenta a aplicação de padrões em todos os níveis federativos.

Essa prática garante melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados médicos, bem como a segurança dos dados do paciente na comunicação entre sistemas e plataformas, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

Atualmente, a Sisqualis, empresa de tecnologia focada em criar e desenvolver soluções digitais, está atuando na implementação de soluções para interoperabilidade em estabelecimentos de saúde pública no Distrito Federal. 

Segundo CEO da Sisqualis, Guilherme Sander, esse case foi uma das maiores experiências do sistema público.

“Isso nos propiciou um vasto conhecimento para ultrapassar barreiras, fazendo com que nossa implementação seja a mais tranquila possível”, exalta.

Um dos sistemas da empresa é o Fusion, barramento de interoperabilidade que possui o padrão HL7, uma referência internacional em interoperabilidade.

A solução conecta o hospital aos prestadores de serviço com acesso, aplicativos externos integrados e aos sistemas que agregam a base do hospital. 

Interoperabilidade e sustentabilidade

Para o CEO da Sisqualis, a sustentabilidade do sistema de saúde como um todo depende da comunicação integrada dos sistemas.

“A interoperabilidade é forma mais evidente e custo-efetiva para a melhora tanto da gestão quanto da assistência à saúde”, explica.

O executivo completa que a interoperabilidade no SUS contribuirá para tomada de decisões, monitoramento de doenças, eficiência, acessibilidade e segurança do paciente. 

Mesmo assim, existem contratempos. “O maior desafio é convencer os gestores. Apesar de haver um ROI muito elevado, ainda há bastante para se avançar e amadurecer na nossa cultura de gestão na saúde. Temos que ter ciência do real valor da informação de qualidade e o quanto isso beneficia a gestão do sistema.”

Contudo, Sander se mantém otimista quanto à elucidação dos tomadores de decisão sobre a importância da interoperabilidade.

“Temos a confiança de que os gestores de saúde que estejam atualizados e que sejam proativos estão considerando a interoperabilidade como prioridade de sua gestão para este ano.”

O CEO da Sisqualis ainda manda um recado para os líderes em saúde: “o nosso sistema não é custoso, e se paga em curto intervalo de tempo.

Assim, depende do interesse político e da predisposição à inovação para que a decisão de implementação seja tomada.”

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