Inovação garante acesso a diagnósticos de qualidade e ajuda na detecção de câncer de mama em regiões remotas do país

Com uso da telerradiologia e de um método de compressão pioneiro capaz de transmitir imagens até satélites de baixa órbita, healthtech de Porto Alegre, conseguiu quebrar barreiras tanto de distâncias, como de conectividade. O Projeto Amazonas, que tem sido conduzido pela Med.Place, empresa que faz parte do ecossistema de tecnologias da Salux Technology, atua na promoção da saúde de mulheres que vivem nas comunidades ribeirinhas

No cenário da saúde da mulher, outubro tornou-se um mês especial, marcado pela campanha do Outubro Rosa, uma mobilização global que visa conscientizar sobre a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Entre as ferramentas mais fundamentais nesse processo está a mamografia, um exame que desempenha um papel central no rastreamento dessa neoplasia maligna. 

A mamografia, como sabemos, é uma técnica de imagem que utiliza raios-x de baixa dose para criar imagens detalhadas das mamas, identificando lesões suspeitas mesmo antes de se tornarem palpáveis. Esse exame é considerado uma ferramenta fundamental no rastreamento de câncer de mama, possibilitando a detecção precoce de lesões suspeitas e, assim, aumentando significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido. 

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Instituto Nacional do Câncer recomendam a realização da mamografia anualmente a partir dos 40 anos, ou até mesmo antes, dependendo do histórico familiar e outros fatores de risco. Segundo a SBM, uma das mais extensas pesquisas sobre mamografia já realizadas, publicado no periódico especializado Radiology, o exame de mamografia em mulheres acima dos 40 anos consegue reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama.

Mas mesmo diante da grande importância, muitas mulheres ainda não têm acesso a  médicos radiologistas e a esses exames de imagem de uma forma rápida, eficiente, segura. Afinal, o Brasil é um país continental e com a distribuição da população desigual, estando mais concentrada em grandes centros urbanos. Algumas populações, devido aos desafios de acesso, acabam ficando mais isoladas. É o caso das populações ribeirinhas do norte do país, que ainda enfrentam desafios significativos devido à dificuldade de acesso à internet nesses municípios. 

Foi exatamente tentando solucionar esse desafio, quebrar barreiras de acesso e levar diagnósticos de qualidade a essas pessoas, que foi criado  pela Med.Place o Projeto Amazonas. Usando a tecnologia da Med.Place, healthtech que faz parte do ecossistema de tecnologias da Salux Technology e que desenvolveu uma plataforma de telerradiologia, a iniciativa tem como foco atender especialmente à Saúde da mulher e disponibilizar laudos de mamografia, com agilidade e acessibilidade. A conexão ocorre em um ambiente integrado, intuitivo e repleto de funcionalidades para proporcionar a melhor experiência possível. A plataforma oferece um suporte para os profissionais de saúde e pacientes, ajudando inclusive a solucionar um desafio importante em muitas localidades: a disponibilidade de profissionais especializados, a qualquer tempo.

“A Med.Place surgiu com um propósito simples, mas muito poderoso: encurtar as distâncias entre médicos e exames de imagem, garantindo um acesso rápido e seguro para profissionais de saúde e instituições médicas. Esse tipo de tecnologia é especialmente crucial quando se trata de mamografias e o diagnóstico do câncer de mama, que tem o tempo como um fator determinante para o sucesso do tratamento”,  explica Jader Antunes, CEO da Med.Place.

câncer de mama salux
Jader Antunes, CEO da Med.Place.

Considerando que a visualização e o laudo dos exames de imagem, muitas vezes, ocorre através da internet convencional, via fibra óptica, por exemplo, e nessas regiões ainda existem dificuldades concretas para implementação de qualidade dessa infraestrutura devido à geografia local, foi preciso criar uma alternativa. 

Um método de compressão inédito no mercado, desenvolvido por especialistas, dribla a falta de conectividade e permite que as imagens viajem longas distâncias e alcancem rapidamente satélites de baixa órbita (em inglês, Low Earth Orbit ou LEO). Esses satélites funcionam como uma ponte que possibilita a conexão entre os médicos e as imagens radiológicas, sem perda de qualidade, mesmo em ambientes com dificuldade de acesso à internet nos meios convencionais. Inúmeros testes foram realizados, sempre visando levar os radiologistas para mais próximo do Amazonas, sem precisar que eles saiam de casa.

“Esse é apenas um dos mecanismos inteligentes que implementamos para garantir que não apenas a população ribeirinha do Amazonas, mas todos em situação semelhante, pudessem sempre contar com laudos de radiologistas qualificados, recebendo resultados em tempo recorde e assim proporcionando uma saúde sem barreiras. Estamos honrados em contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades e buscamos, constantemente, democratizar o acesso aos serviços de saúde”, reforça Antunes.

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