A conectividade em prol da segurança do paciente

Por: Camila Narischi, Gerente da Unidade de Negócios de Infusão na B. Braun Brasil

A busca contínua pelo aprimoramento da segurança do paciente vem acompanhada de uma grande transformação tecnológica: a evolução da conectividade não só no ambiente de clínicas médicas e hospitais, mas até mesmo no espaço domiciliar, quando necessário. Além da interoperabilidade entre os equipamentos, a conectividade beneficia a captação da avaliação feita por todos os profissionais envolvidos na cadeia de cuidados, como médicos, fisioterapeutas e enfermeiros, contribuindo para a jornada do paciente de ponta a ponta.

A conectividade chega para diminuir a fragmentação no sistema de saúde tanto na assistência quanto nos equipamentos, ajudando a integrar dados em prol da melhoria da circulação da informação que os dispositivos médicos armazenam, desempenhando um papel crucial na supervisão contínua do paciente ao longo do tratamento. Para isso, hoje, os profissionais da saúde podem contar com o apoio da automatização e integração de dados médicos provenientes dos dispositivos, por exemplo, conectando-os aos exames laboratoriais que estão no prontuário eletrônico.

Ela permite também a customização, da forma que for necessária, da informação sobre a evolução clínica dos pacientes, trazendo ganhos significativos tanto para quem cuida como para quem está sob cuidado, por aumentar a eficácia do tratamento ofertado. Neste sentido, equipamentos médicos de última geração, como bombas de infusão automatizadas, que servem especialmente para administração de fluidos, medicamentos e nutrientes, de maneira programada, com tempo e velocidade controlados, são um recurso importantíssimo.

A conectividade existente nestes equipamentos traz segurança não só para o paciente, como também para os médicos que prescrevem e para os enfermeiros que administram a medicação, já que entregam cada gota prescrita com maior precisão e menor interferência, aumentando as taxas de sucesso no tratamento e evitando eventos adversos.

Segundo José Branco Filho, do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), estima-se que 75% dos dispositivos de saúde não estejam conectados. Então, ao mesmo tempo que temos um grande sistema de saúde, temos também a inconsistência na sua interoperabilidade.

Diante desses dados, é possível concluir que temos um grande desafio pela frente: aumentar a segurança ao longo da jornada dos pacientes com a ajuda da conectividade. Só assim avançaremos em nosso sistema de saúde, contribuindo para a melhor avaliação e tomada de decisão por parte dos profissionais envolvidos em todo o processo.

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