Compartilhando da mesma missão de aumentar a eficiência e a sustentabilidade do setor de saúde, as empresas unem-se para diminuir os gargalos e as dificuldades relacionadas ao controle de fluxo de caixa e a gestão de contas das instituições junto às fontes pagadoras
O ecossistema brasileiro de saúde enfrenta grandes dores e garantir a sustentabilidade financeira envolve muitos desafios. Entre eles está um notório aumento da sinistralidade e também no índice de cobranças feitas pelos hospitais que foram glosadas pelas operadoras. Levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), realizado em 2023, revelou um montante de R$ 1,29 bilhão em glosas em aberto, equivalente a 9% da receita bruta das instituições participantes da pesquisa, em contraste com o padrão histórico de 3,5%. Além disso, também demonstrou um aumento no prazo de recebimento das faturas pelos hospitais, que passou de uma média de 70 para 120 dias.
Mas, esse não é um cenário exclusivo dos grandes hospitais e tampouco do Brasil. Independente do porte da instituição, em todo o mundo, o faturamento hospitalar é uma área complexa e um dos principais gargalos, envolvendo diversas variáveis, e uma estreita relação com as fontes pagadoras. Em hospitais de médio e pequeno porte essa importância aumenta ainda mais, devido à margem limitada de recursos financeiros.
Visando tornar esse processo mais assertivo e principalmente evitar glosas, prejuízos e trazer mais agilidade no recebimento, a Osigu, empresa de tecnologia, fundada em 2015 e forte especialização no mercado de saúde e de seguros em vários países, e a Salux Technology, empresa 100% brasileira especializada em gestão hospitalar, que desde 2021 pertence ao Grupo Bringel, firmaram uma parceria estratégica para aprimorar a eficiência financeira do setor de saúde no Brasil. As empresas juntas irão disponibilizar soluções que conectam e agilizam as interações entre fontes pagadoras, provedores e pacientes, eliminando ineficiências e problemas de gestão de fluxo de caixa.
“Nosso objetivo é transformar e remodelar como os pagamentos de saúde, sinistros e ciclo de receitas são gerenciados, trazendo maior eficiência e prevenindo fraudes. De um lado, os provedores de saúde beneficiam-se de maior liquidez, do outro, as operadoras possuem mais visibilidade das transações e menor custo operacional. Já para os pacientes, conseguimos aprimorar a sua experiência nessa etapa do processo”, ressalta Fernando Botrán, Founder & CEO da Osigu.
A empresa, sediada em Miami e com forte presença na Europa e América Latina, posiciona-se como um dos principais players de tecnologia financeira para saúde, atuando em países como México, Colômbia, República Dominicana, América Central, Espanha e agora no Brasil. Ao todo são mais de 1,5 milhões de transações médicas realizadas através de suas soluções, proporcionando uma redução de mais de 80% nos tempos de submissão de contas, economia nos custos operacionais de até 50% e diminuição de mais de 60% nas discrepâncias em contas submetidas.
De acordo com Murilo Fernandes, CEO da Salux Technology, a aliança com a Osigu, está não somente atrelada à estratégia de negócios da companhia de, através de seu ecossistema de tecnologias e serviços, atender de ponta a ponta às instituições de saúde, como à sua missão de ajudar essas instituições a resolverem seus desafios com o apoio da tecnologia.
“A inovação não deve e nem precisa ser algo distante das instituições de saúde que não fazem parte da elite da saúde no Brasil. Entendemos que essas dores relacionadas ao faturamento são de centenas de hospitais no Brasil, isso inclui instituições filantrópicas, privadas que atendem a saúde suplementar ou mesmo as que atuam com o SUS. Vivemos um cenário desafiador e ajustar o fluxo de caixa é não só a saída para garantir a sobrevivência, como o ponto de partida para qualquer outro investimento, incluindo a transformação digital que precisamos trazer para a prática”, explica.
