O ano de 2024 promete ser um marco na indústria da Saúde, conforme aponta Fernando Torelly, Superintendente Corporativo e CEO do Hcor. Com uma visão otimista, Torelly destaca a melhoria nos resultados das operadoras, a aquisição da Amil e parcerias estratégicas, como a do Bradesco com a rede Mater Dei, indicando um cenário de transformações e reorganização do mercado.
Segundo Torelly, embora o ano traga notícias promissoras, a sustentabilidade continua sendo um ponto crucial. A necessidade de eficiência e a atenção ao caixa permanecem, mas 2024 se apresenta como o início de um novo ciclo de maior sustentabilidade e crescimento na saúde suplementar. O diálogo e a colaboração entre grandes grupos e instituições se destacam como elementos-chave para enfrentar os desafios e impulsionar o setor.
“Este ano representa um período de renovação, de reagrupamento e reorganização do mercado, com ênfase no fortalecimento de parcerias. É relevante destacar que, conforme apontado pela última publicação da ANS, há 51 milhões de brasileiros com plano de saúde, representando o maior número da série histórica no Brasil. Contudo, reconhecemos que existem desafios a serem enfrentados, e é fundamental não ignorar os indicadores de mercado que evidenciam a necessidade de aprimoramento. 2024 marca o início de um novo ciclo para o sistema de saúde suplementar”.
A rápida mudança demográfica, com o envelhecimento populacional em destaque, é apontada por Torelly como uma importante reflexão sobre o modelo de cuidado. “O aumento expressivo da população acima de 60 anos apresenta o desafio de incorporar novas tecnologias, como Inteligência Artificial, medicina preditiva e genômica, para proporcionar uma vida mais longa e saudável, mantendo a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. A dificuldade que o sistema de saúde enfrenta em termos de sustentabilidade está intrinsecamente ligada ao crescimento acelerado da população que consome mais recursos. Um dado impactante é que, de 2010 a 2035, a população brasileira com mais de 60 anos dobrará em número. Essa realidade exige uma abordagem diferenciada para enfrentar o fenômeno do envelhecimento rápido da população”.
Tecnologia
A jornada digital do paciente já está em curso, mas o desafio para 2024 será a interoperabilidade. Nesse sentido, Torelly destaca a necessidade de integrar dados entre instituições de saúde, criando ecossistemas de informações para promover a prevenção, a promoção da saúde e uma melhor experiência do paciente.
“O grande desafio reside na interoperabilidade entre todo o sistema de saúde. A falta de comunicação entre os sistemas cria barreiras significativas, impedindo, por exemplo, a simples realização de um “pix” nos dados de exames de uma instituição para outra. Essa incompatibilidade não pode ser justificada pela falta de tecnologia, uma vez que os bancos já demonstraram eficácia na integração de sistemas. Portanto, é imperativo que a jornada digital do paciente seja mais do que a simples criação de iniciativas isoladas dentro de cada organização”, destaca.
Novidades do Hcor para 2024
Segundo Torelly, o Hcor reforçará a sua atuação como Centro de Ensino e Pesquisa. “O Hcor não se limita a ser apenas um hospital de alta complexidade. Aspiramos tornar-nos um Centro de Ensino e Pesquisa ainda mais desenvolvido. No ano passado, inauguramos uma academia, e atualmente oferecemos cursos de pós-graduação. Para 2024, planejamos expandir ainda mais essa oferta, com o propósito de compartilhar o conhecimento do Hcor com um público mais amplo, fortalecendo nossa presença na área de ensino. Essa iniciativa não apenas amplia a difusão do Hcor, mas também contribui para a formação de profissionais qualificados no setor de saúde.”
Além disso, o superintendente conta sobre o novo produto lançado recentemente: a consultoria Hcor. “Já estamos envolvidos em alguns hospitais, fornecendo suporte para melhorias na gestão. Este é um passo significativo para transformar o Hcor em um disseminador de conhecimento médico, assistencial e de gestão para todo o mercado de saúde brasileiro”, finaliza.
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