Subestimado, mas essencial: Investimento em diagnóstico pode transformar a Saúde no Brasil

O diagnóstico é uma peça-chave na melhoria do sistema de saúde brasileiro, mas ainda enfrenta grandes desafios, principalmente em termos de investimento e acesso igualitário

A saúde no Brasil está atravessando um momento decisivo, impulsionado por mudanças significativas no perfil demográfico e epidemiológico da população. Com o aumento da expectativa de vida e a prevalência crescente de doenças graves, o diagnóstico precoce e preciso tornou-se uma peça central na estratégia de prevenção e tratamento de doenças. Essa realidade exige uma transformação profunda nas práticas de laboratório e um investimento robusto em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia.

Apesar de desempenharem um papel crucial na saúde pública, os diagnósticos in vitro continuam a ser subestimados e insuficientemente financiados no Brasil. Segundo Giancarlo Frá, Líder de Acesso na Roche Diagnóstica, o cenário atual de investimentos em diagnóstico no Brasil é preocupante. Enquanto a importância dos diagnósticos é amplamente reconhecida, os investimentos nesse setor são significativamente baixos. Frá destaca que, embora a prevenção e o tratamento de doenças recebam grande parte da atenção e dos recursos, o diagnóstico continua sendo uma área negligenciada.

Giancarlo Frá, Líder de Acesso na Roche Diagnóstica

“Os testes de diagnóstico in vitro são heróis silenciosos dentro do sistema de saúde. Eles impactam 70% das decisões clínicas e representam, no Brasil, apenas 0,5% dos investimentos em saúde. O Brasil é um dos que menos investem em diagnóstico no mundo, atrás, por exemplo, do Paraguai e da Guatemala, países com IDH inferior ao nosso. Essa situação precisa mudar, pois o diagnóstico in vitro vai muito além de identificar doenças; ele fornece informações essenciais para decisões clínicas que podem melhorar a qualidade de vida ao longo de toda a jornada do paciente”, afirma Giancarlo Frá.

diagnóstico

As disparidades regionais no Brasil também agravam o problema. De acordo com dados da OMS, em 2022, 20% dos laboratórios de saúde pública na região Norte e Nordeste do país têm acesso a tecnologias de diagnóstico in vitro modernas, enquanto que na região Sul e Sudeste este número é de 60%. As diferenças econômicas e de infraestrutura que existem entre as regiões e estados contribuem para as diferenças em investimentos realizados no segmento diagnóstico.

Ciente desses desafios, a Roche Diagnóstica tem adotado uma abordagem colaborativa, trabalhando em parceria com os sistemas de saúde público e privado para levar tecnologias inovadoras de diagnóstico a todas as regiões do país. Frá explica que a empresa está comprometida em garantir a qualidade e a eficiência dos diagnósticos, utilizando tecnologias avançadas como análise de dados e inteligência artificial para otimizar recursos e melhorar a gestão dos laboratórios.

No cenário atual do setor de saúde, a informação é uma ferramenta essencial para definir investimentos e melhorias no perfil de diagnóstico. Por meio de soluções integradas, é possível, além de entregar testes de alto desempenho e eficiência para a população, gerar informações e insights para apoiar os gestores de saúde a tomar decisões mais acertadas sobre alocação de recursos, evitando desperdícios que oneram os sistemas.

“Para que o diagnóstico de qualidade alcance os diferentes níveis de saúde e acesso dos pacientes, é necessário que – além da qualidade e eficácia das tecnologias em diagnóstico – seja considerada, sobretudo, a sustentabilidade destas tecnologias nos sistemas de saúde. Isso significa ter um aproveitamento total de recursos, com máquinas integradas e soluções digitais que permitam o desempenho de um alto volume de testes, sem erros, atrasos ou desperdícios, e são fundamentais para o melhor uso de recursos humanos e materiais dentro dos laboratórios”, pontua.

Entre as inovações recentes da empresa, destaca-se a Patologia Digital, que acelera e torna mais preciso o diagnóstico de câncer, impactando diretamente a vida dos pacientes ao reduzir o tempo de espera e permitir tratamentos mais personalizados. Outro exemplo é a linha Accu-Chek, que recentemente lançou a Solo, a primeira mini bomba de insulina sem fio do Brasil, trazendo mais conforto e praticidade para pacientes com diabetes. Ainda, o Teste de Alzheimer, que consegue identificar nos pacientes biomarcadores relacionados à doença com até 20 anos de antecedência.

“A Roche vê um futuro em que todo brasileiro tem acesso a um diagnóstico de qualidade e que faça a diferença na sua qualidade de vida. Para isso, trazer inovação constantemente é parte do nosso compromisso como empresa, beneficiando os pacientes e todos que fazem parte da cadeia de saúde. A Roche é a empresa de biotecnologia que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo e isso se reflete em trazer inovações a todo momento. Nosso foco é encontrar soluções que direcionam o paciente para a esfera mais adequada, ou seja, para a atenção primária, secundária ou terciária do sistema público de saúde ao longo da sua jornada entre o diagnóstico e o tratamento”, completa.

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