A presença da Inteligência Artificial (IA) na saúde cresce a cada dia, prometendo avanços significativos em diagnósticos, tratamentos e gestão hospitalar. No entanto, especialistas ressaltam que a tecnologia deve ser aliada do cuidado ao paciente, sem substituir o toque humano essencial na medicina.
A capacidade da IA de processar grandes volumes de dados médicos permite diagnósticos mais rápidos e precisos. Algoritmos de aprendizado de máquina auxiliam na detecção precoce de doenças como câncer e problemas cardíacos.
Para o médico Ivan Roberto Barbieri, fundador da IRB Excellence in Health, essa evolução é positiva, mas exige um olhar atento para o paciente. “A IA fornece insights valiosos, mas cabe ao médico traduzir essas informações com empatia e clareza, garantindo que o paciente compreenda seu diagnóstico e confie no tratamento”, afirma.
Os sistemas de IA também estão revolucionando os cuidados personalizados. Ao analisar dados individuais, a tecnologia pode sugerir planos terapêuticos adaptados ao perfil do paciente. No entanto, o médico deve atuar como mediador desse processo, discutindo alternativas e respeitando as preferências do paciente. “A humanização está na escuta ativa e no diálogo. Não basta seguir recomendações da IA; é preciso envolver o paciente nas decisões”, pontua Ivan.
No campo da gestão hospitalar, a IA auxilia no monitoramento remoto de pacientes, otimizando a prevenção e o acompanhamento clínico. Dispositivos vestíveis e sensores conectados permitem a análise contínua de sinais vitais, alertando profissionais sobre possíveis complicações. Apesar dos benefícios, a presença humana ainda é crucial. Check-ins regulares, videochamadas e interações personalizadas são fundamentais para evitar que a tecnologia distancie o paciente do cuidado humano.
A IA também impacta o treinamento de profissionais de saúde, simulando cenários e aprimorando a formação clínica. Contudo, a humanização continua sendo a chave para um atendimento de qualidade. O equilíbrio entre inovação e empatia define o futuro da saúde, garantindo eficiência sem perder o essencial: o cuidado humanizado ao paciente.
