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BI e Data Science são aliados indispensáveis

O setor de saúde no Brasil vive um momento de profunda transformação.

Em um cenário de expansão, testemunhamos um ecossistema cada vez mais robusto e complexo.

Com uma vasta rede de planos de saúde, hospitais e fornecedores de produtos e serviços em saúde, desenha-se um panorama de oportunidades gigantescas, mas também desafiadoras.

Nesse contexto, os hospitais se destacam como organizações de uma complexidade ímpar.

Muito mais do que centros de cuidado, são verdadeiros organismos vivos, com múltiplos setores que precisam operar em perfeita sincronia: do atendimento no pronto atendimento à manutenção predial, laboratórios de análises clínicas, setores como nutrição e dietética, hotelaria, lavanderia, estoque, farmácia, passando pela gestão de equipamentos de altíssima tecnologia.

Cada um desses departamentos gera um volume colossal de dados, criando um desafio que os times de tecnologia conhecem bem: a interoperabilidade e o acesso de qualidade aos dados gerados.

Integrar sistemas de gestão (ERPs) com soluções legadas e departamentais é uma das tarefas mais críticas e árduas para garantir uma visão unificada da operação.

É precisamente nesta encruzilhada entre a complexidade operacional e a fragmentação da informação que o Business Intelligence (BI) e o Data Science surgem como principais diferenciais competitivos para as instituições de saúde.

Essas disciplinas não são mais apenas um jargão tecnológico, são a chave para transformar dados brutos em inteligência estratégica.

A sua aplicação permite identificar com precisão cirúrgica as oportunidades de redução de desperdícios, otimizar o uso de recursos, diminuir custos operacionais e eliminar retrabalhos, refinando processos que impactam diretamente a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira da organização.

Leonardo Marthiniano, CTO da Axis Technology, observa que, enquanto setores como o financeiro, o varejo e a indústria já vêm consolidando o uso de inteligência de dados como pilar estratégico de suas operações, o setor de saúde, por sua natureza complexa e pela sensibilidade da informação que manipula, ainda caminha de forma mais incipiente nesta jornada.

Essa defasagem, no entanto, representa a maior janela de oportunidade da nossa era.

As instituições que saírem na frente, adotando uma cultura analítica para guiar suas decisões, não estarão apenas se modernizando, mas sim estabelecendo um novo padrão de eficiência e competitividade na saúde brasileira.

Para que a transformação digital aconteça de fato, a informação precisa fluir de maneira rápida, fidedigna e atualizada.

“É fundamental que os gestores de área — do centro cirúrgico ao almoxarifado — tenham em mãos dashboards que reflitam a realidade de sua operação em tempo real. Da mesma forma, é inegociável que a alta diretoria tenha acesso imediato a uma visão clara da saúde financeira do hospital, com indicadores de performance que sustentem decisões estratégicas. O BI cumpre esse papel essencial, oferecendo o diagnóstico preciso do estado atual da instituição”, afirma Leonardo.

Contudo, para se destacar em um mercado tão competitivo, olhar para o passado e o presente já não é suficiente.

É preciso antecipar o futuro.

Aqui, é imperativo transcender o BI tradicional (análise descritiva, que diz o que aconteceu) e entrar no domínio do Data Science, com suas análises preditivas (o que vai acontecer) e prescritivas (o que se deve fazer).

Fazendo uso de técnicas avançadas como Machine Learning e Inteligência Artificial, pode-se, por exemplo, prever o fluxo de pacientes e a demanda por leitos; otimizar a ocupação das salas cirúrgicas; analisar padrões para antecipar a necessidade de manutenção de equipamentos críticos; otimizar a gestão de estoques de medicamentos e insumos; monitorar de forma ativa e detalhada as contas médicas hospitalares; segmentar perfis de pacientes e mapear a jornada completa do paciente desde sua chegada até a alta.

Por meio do estudo de tempos e métodos, os gestores conseguem visualizar gargalos, controlar eficientemente as filas e aprimorar indicadores-chave de desempenho, como o tempo de espera e o tempo total de permanência, impactando diretamente a satisfação do paciente e a eficiência da equipe.

“É fundamental que os gestores de área — do centro cirúrgico ao almoxarifado — tenham em mãos dashboards que reflitam a realidade de sua operação em tempo real. Da mesma forma, é inegociável que a alta diretoria tenha acesso imediato a uma visão clara da saúde financeira do hospital, com indicadores de performance que sustentem decisões estratégicas. O BI cumpre esse papel essencial, oferecendo o diagnóstico preciso do estado atual da instituição”, explica Rafael Garrefa Silveira, diretor de dados da Axis Technology

Esses são alguns dos insights de altíssimo nível que capacitam diretores e gestores a tomar decisões que não apenas resolvem problemas, mas que posicionam suas organizações na vanguarda do setor.

A gestão hospitalar deixa de ser reativa para se tornar proativa e preditiva.

“Na Axis Technology, entendemos que nosso papel vai além de fornecer tecnologia. Nossa missão é empoderar os líderes da saúde com a clareza e a previsibilidade que só a inteligência de dados pode oferecer, garantindo que a excelência na gestão se traduza no que realmente importa: salvar e melhorar a qualidade de vidas”, finaliza Leonardo.

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