A trajetória de Reginaldo Lopes à frente da Fundação Padre Albino (FPA) sintetiza um movimento de transformação institucional que combina modernização administrativa, expansão hospitalar e compromisso com a sustentabilidade.
Em um cenário de desafios crescentes para a saúde pública e filantrópica, Lopes vem liderando uma reestruturação que busca aliar eficiência e humanização, sem perder de vista a missão social que marca a história da entidade há mais de oito décadas.
O último ciclo foi de consolidação e crescimento. A Fundação adotou uma estrutura de governança profissionalizada, com diretoria executiva e processos administrativos integrados, garantindo mais transparência e previsibilidade nas decisões.
“Nosso compromisso é assegurar que a Fundação se mantenha fiel ao seu propósito original — cuidar de pessoas —, mas com um modelo de gestão moderno, sustentável e conectado às exigências do futuro”, afirma o presidente.
Entre as ações de maior impacto estão as obras de ampliação e modernização dos Hospitais Padre Albino e Emílio Carlos, localizados em Catanduva (SP).
As unidades atendem cerca de 320 mil habitantes de 19 municípios da região e são referências em média e alta complexidade.
Essas obras integram o projeto “Design do Futuro”, um plano estruturante composto por três grandes frentes: expansão física, atualização tecnológica e aprimoramento dos fluxos de atendimento.
A iniciativa prevê novos leitos, áreas assistenciais mais amplas e ambientes projetados para oferecer conforto e segurança ao paciente, com foco em eficiência e humanização.
O investimento também responde a uma demanda crescente do Sistema Único de Saúde (SUS), principal parceiro da Fundação, ao ampliar a capacidade de internação e reduzir a superlotação em momentos de pico de atendimento.
A transformação digital tem sido outro eixo estratégico da gestão. A implantação do sistema Tasy, reconhecido internacionalmente, marcou uma virada na integração das informações assistenciais, administrativas e financeiras.
O sistema aprimorou o controle de custos, reduziu desperdícios e elevou a rastreabilidade das informações clínicas, garantindo mais segurança e agilidade na tomada de decisão.
A digitalização também alcançou os processos internos, com a adoção de assinaturas eletrônicas e contratos digitais, que reduziram burocracias e reforçaram a transparência institucional.
“A tecnologia é uma aliada importante, mas o que dá sentido a ela são as pessoas. Por isso, investimos em capacitação e cultura digital, preparando nossas equipes para esse novo tempo”, explica Lopes.
O uso inteligente de dados tem permitido à Fundação identificar gargalos operacionais, otimizar fluxos e melhorar indicadores de qualidade, traduzindo inovação em resultados concretos para pacientes e profissionais.
A sustentabilidade é um valor transversal à gestão de Reginaldo Lopes. A Fundação Padre Albino vem implementando políticas de ESG (Environmental, Social and Governance) que vão do consumo consciente de recursos à promoção da diversidade.
Foram reduzidos os gastos com água, energia e materiais descartáveis, e implantadas ações educativas voltadas a inclusão e respeito às diferenças.
Um exemplo simbólico foi a adoção de uniformes sem gênero nas unidades hospitalares, medida que expressa a busca por um ambiente mais plural e acolhedor.
Além disso, espaços e fluxos foram adaptados para prevenir situações de violência e discriminação, fortalecendo uma cultura institucional de respeito e segurança psicológica.
Esse conjunto de iniciativas rendeu à Fundação reconhecimento nacional e internacional.
Em 2025, a FPA foi homenageada na LAQI Impact Summit, em São Paulo, evento promovido pelo Latin American Quality Institute.
Na ocasião, recebeu certificações como Q-ESG, Brazil Quality Certification, The Health Awards 2025 e o título de Member LAQI, que reconhecem organizações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e à inovação em gestão.
Durante o evento, Reginaldo Lopes foi agraciado com o prêmio Executivo de Saúde 2025, concedido a lideranças que se destacam pela integração entre gestão, inovação e responsabilidade social.
“Esse reconhecimento pertence a todos os colaboradores que constroem a Fundação diariamente. É fruto de uma cultura coletiva de compromisso com a vida”, declara.
A atuação da Fundação Padre Albino ultrapassa o ambiente hospitalar. Por meio da Unifipa/Centro Universitário Padre Albino, a instituição cumpre papel estratégico na formação de profissionais de saúde.
O Centro Universitário tem ampliado sua oferta de cursos e consolidado parcerias que aproximam ensino, pesquisa e prática assistencial.
Atualmente a instituição conta com 12 cursos superiores, além de pós-graduações, cursos de extensão, programas de residência médica e centro de pesquisas científicas.
Segundo Lopes, a sinergia entre assistência e educação é um diferencial da Fundação.
“A Unifipa é o coração da nossa estratégia de desenvolvimento humano. É nela que formamos profissionais que, além de competência técnica, têm empatia, ética e propósito”, afirma.
Essa visão também se reflete em programas internos de desenvolvimento de lideranças, que estimulam a autonomia e a cultura colaborativa.
Para o presidente, “a liderança na saúde exige um equilíbrio entre técnica e sensibilidade, razão e propósito. O exemplo e o aprendizado contínuo são as ferramentas mais influentes de transformação”.
Lopes resume sua filosofia de gestão em três pilares: ética, responsabilidade social e visão de futuro. São princípios que orientam tanto as decisões estratégicas quanto as ações cotidianas.
“A serenidade e o compromisso com o bem coletivo são fundamentais em momentos desafiadores. Cada decisão precisa refletir nossos valores e nosso compromisso com a comunidade”, afirma.
Sob essa ótica, a Fundação busca construir um modelo de gestão hospitalar baseado na cooperação, na escuta e na valorização das pessoas.
Os resultados aparecem em indicadores de qualidade, satisfação e sustentabilidade financeira — e também no reconhecimento dos colaboradores, que veem na instituição um espaço de pertencimento e propósito.
Ao analisar o futuro do setor, Reginaldo Lopes destaca a integração entre tecnologia e humanização como a principal tendência impulsionadora.
A digitalização dos processos e o uso crescente de inteligência artificial e big data estão remodelando o modo de cuidar, mas o grande desafio, segundo ele, é preservar o olhar humano.
“A tecnologia deve estar a serviço da vida. A inteligência artificial pode apoiar diagnósticos e decisões clínicas, mas o cuidado continuará sendo uma relação entre pessoas”, reforça.
Para o gestor, as instituições que souberem equilibrar inovação e empatia serão as que melhor responderão aos novos desafios da saúde brasileira.
O legado que Reginaldo Lopes deseja deixar é o de uma Fundação sólida, inovadora e inspiradora. Uma instituição que una excelência assistencial e compromisso social, formando profissionais e transformando comunidades.
“Queremos que a Fundação Padre Albino continue sendo referência em saúde, educação e assistência social, fiel ao espírito do seu patrono, o Venerável Padre Albino, que sempre acreditou na dignidade humana como princípio maior”, diz.
A gestão de Lopes evidencia que a transformação do setor de saúde passa por líderes capazes de integrar estratégia e propósito.
Na Fundação Padre Albino, esse equilíbrio tem se traduzido em resultados concretos, consolidando uma cultura de inovação, sustentabilidade e cuidado — e projetando um futuro em que eficiência e humanidade caminham lado a lado.















