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Letícia Bellotto Turim compartilha visão de gestão na Arena do Oscar

Durante o coquetel que antecedeu a cerimônia dos 100 Mais Influentes da Saúde, em 2 de dezembro, o Grupo Mídia inaugurou a Arena do Oscar, um espaço criado para dar visibilidade a líderes que transformam o ecossistema da saúde por meio de conversas ao vivo em formato de podcast.

Conduzida por Tainá Manna, diretora editorial do Grupo Mídia, a Arena recebeu uma convidada especial: Letícia Bellotto Turim, presidente do Grupo Chavantes.

O ambiente, que leva o nome inspirado na popular referência ao prêmio — conhecido nacionalmente como “Oscar da Saúde” — trouxe ao público um bate-papo leve, espontâneo e ao mesmo tempo profundo, alinhado ao universo de CEOs e executivos presentes.

Ao ser questionada sobre como o Grupo Chavantes mantém uma cultura de excelência mesmo sendo uma instituição grande e com muitos colaboradores, Letícia destacou que tudo começa pela construção de processos sólidos aliados a uma verdadeira mudança de cultura.

“Nós temos que investir em processos de qualidade, com protocolos estruturados e uma equipe motivada e engajada em aplicar esses protocolos de segurança”, afirmou.

Para ela, a cultura organizacional é o fator determinante para que a excelência se sustente.

“Esses protocolos só são aplicados de fato se houver mudança na cultura. Mostramos sempre por que é importante investir, por que é importante estar se qualificando, para que a gente possa atingir o nosso objetivo maior, que é a segurança para o paciente e também para a nossa equipe.”

Ao comentar qual foi o maior desafio que já enfrentou durante sua gestão, Letícia explicou sobre a presença do Grupo Chavantes em diferentes regiões do país e a dificuldade de manter consistência sem ignorar as particularidades locais.

“Um dos maiores desafios da instituição, que hoje está em seis estados, é organizar as diferentes culturas. Implementar protocolos em regiões distintas, transmitir para a equipe o que é um protocolo de segurança e como atuar de fato, tudo isso exige adaptação”, explicou.

Ela exemplificou com realidades contrastantes. “No Piauí existe uma cultura totalmente diferente da de Rondônia ou do estado de São Paulo. Então a gente sempre se adequa, se organiza e segue com o trabalho.”

Visão de liderança

A conversa avançou para o estilo de liderança de Letícia, que chama atenção pelo equilíbrio entre firmeza e sensibilidade.

Ao ser questionada sobre como consegue conciliar essas duas características, ela explicou que sua gestão se apoia em pilares claros.

“A liderança envolve dois pilares: propósito e pessoas. Nós não somos nada sem um propósito bem definido e sem pessoas”, disse.

Letícia reforçou que transparência e acolhimento caminham juntos em sua rotina. “Eu sou firme no meu propósito, sou clara no que espero da minha equipe, mas também acolho o ponto de vista deles. Eu ouço e acolho o que me passam, mas ao mesmo tempo sou firme. Tem que ter esse equilíbrio.”

Para ela, ouvir é um dos maiores instrumentos de gestão. “Todo mundo precisa ser ouvido, independentemente de qualquer cargo. Desde o mais baixo ao mais alto, todos merecem ser ouvidos. Se eu não olhar para a minha equipe, ela não vai olhar para o paciente”, afirmou.

Letícia enfatizou ainda a importância da empatia no dia a dia. “Você não sabe o que a pessoa passou em casa antes de ir para a rua. Então eu preciso acolher.

Não adianta não olhar para você, não te dar um bom dia, não perguntar como você está. Todo mundo tem problemas, e às vezes chegamos sem querer trabalhar, mas querendo dar o melhor de si porque temos um propósito maior.”

A estreia da Arena do Oscar marcou o início de um espaço que promete aproximar o público das histórias e mentalidades que moldam o futuro da saúde.

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