“A Gestão da Saúde e o País do Futebol”, por Enio Salu
Sempre me pergunto quantas vezes alguém me ouviu perguntar: “você sabe com quem está falando ?”
Não é “uma carteirada” típica das “autoridades e dos famosos” … longe disso porque se jogar o meu crachá para o alto nem cai “de tão leve”, e jamais serei convidado para dançar nos programas de sábado e domingo da TV.
É o questionamento feito nas consultorias e nos cursos para sinalizar que os anos de experiência me ensinaram, pelo menos, que o mercado da saúde privada e pública é muito diferente do que a maioria das pessoas imagina que seja … ou querem, por algum interesse, passar a impressão que seja.
Quando estamos tratando de gestão em saúde e não sabemos com quem estamos falando … quem é … o que faz … qual seu interesse em atuar na área da saúde … a chance de fracasso no negócio é de 100 % … se não for fracasso, pelo menos sucesso não será !
Como cresci no país do futebol, apesar do fracasso do Brasil nas copas desde 2002 (20 anos !!) e das “surras” que os times brasileiros têm levado no mundial de clubes desde 2012 (10 anos), podemos fazer analogia do que envolve a área da saúde e a do futebol para entender como é importante saber “onde estão nossos pés” quando estamos tratando de gestão em saúde:
- Porque seja lá o que você estiver gerindo na saúde … seja na pública seja na privada …
- Qualquer coisa que você faça: tem gente que vai estar do seu lado, e tem muita gente que vai estar “do lado de lá do campo” … tem gente que vai aplaudir, mas tem gente que vai xingar …
- Ou até agredir … não foi apenas um gestor da saúde que conheci que teve que andar com segurança … e não foi por lidar com um determinado tipo de coisa … saúde movimenta muito dinheiro, gera muito emprego, provoca “muitas emoções” … como ocorre no futebol !
Na minha atividade profissional sempre me preocupo em tentar fazer com que os meus interlocutores não percam a visão de que a maioria das empresas que atua no mercado é pequena:
- Especialmente em aulas, cursos e programas de capacitação, como o primeiro módulo que terminamos nesta semana para os gestores do Grupo Americas Health … um grupo que é exceção: grande, organizado, multi estabelecimentos …
- Gestores que atuam em instituições de mais de um estabelecimento são privilegiados em relação à maioria porque a própria empresa “fica lembrando” o tempo todo que existem outras empresas no mercado que fazem a mesma coisa, e é possível comparar a sua gestão com a gestão dos próprios pares … e isso é um “tremendo” diferencial competitivo que esta empresa possui !
O lado esquerdo da planilha acima ilustra o “negócio” Futebol Profissional no Brasil – ilustrada apenas com o masculino, porque o feminino ainda está lutando para quebrar o paradigma de que “futebol é coisa de homem” … paradigmas são difíceis de serem quebrados:
- O que “se vê” do futebol é o “filet mignon” … ninguém vê o “resto do boi”, que é muito … mas muito … mas muito maior que o pedacinho dele conhecido como filet mignon;
- Olhando a tabela vemos que a quantidade de times que estão na Série A do Brasileirão (o filet mignon) é mínima … os times campeões, menor ainda … os times que sempre estiveram na Série A (nunca foram rebaixados): “muito menor” ainda !
- Quem joga nestes times da Série A tem uma boa estrutura de apoio, segurança, dinheiro e fama … a maioria absoluta dos demais rezam para que o pagamento seja feito … até se acostumam com atraso … rezam para receber um dia !
- Mas veja que interessante: os times que foram campeões mais de uma vez “são mais” do que os que foram campeões uma única vez: ao ganhar ele adquire conhecimento / experiência em como fazer, e ganha novamente depois … os que aprendem a ganhar, se estruturam para ganhar novamente !
O lado da direita da tabela ilustra o “negócio” Saúde no Brasil:
- É “infestado” por pequenas empresas, sejam serviços de saúde, operadoras de planos de saúde …
- Sejam secretarias de saúde … pense que a maioria absoluta dos municípios brasileiros é pequeno … somente ~320 cidades entre as ~ 5.500 têm mais de 100 mil habitantes … a maioria absoluta das secretarias de saúde é de “um secretário e meia dúzia de assessores”, nem sempre “do ramo”, diga-se de passagem;
- Como saúde é um negócio lucrativo, mesmo as empresas pequenas se sustentam, mas com processos muito simples, sem inovação, sem se arriscar a fazer alguma coisa diferente do que fizeram a vida toda;
- Gestores que “batem o escanteio e correm para cabecear” … fazem tabela com eles mesmos !
- Raras empresas possuem estrutura para discutir temas complexos, mudar radicalmente processos internos, “democratizar” a governança … as que têm esta oportunidade … as raras que têm esta oportunidade … as da Séria A … têm um diferencial competitivo enorme em relação às demais;
- Por exemplo: você não negocia modelos de remuneração alternativos ao fee for service, pacotes, valor … com a maioria das empresas … porque elas não têm capacidade técnica ou operacional para negociar … não é que não querem … não conseguem … você precisa primeiro fazê-las entender do que se trata e avaliar se a estrutura delas vai conseguir assimilar a inovação … se uma coisa ou outra não acontecer … “não rola” !
- Mas veja que interessante também: a pequena parcela de unidades de internação grandes, domina uma grande parcela do total de leitos … a pequena parcela de operadoras grandes, domina uma grande parcela do total de beneficiários … as grandes aprendem a ser grandes, e mantêm a tendência de continuarem crescendo e de “cercear” o crescimento das demais concorrentes !
Como no futebol, na saúde a maioria das empresas do mercado necessita de apoio externo para promover mudanças relativamente simples:
- Mas não é simples fazer a mudança … exige um misto de paciência e dedicação …
- Se você “vem de fora” para ajudar e “perder o vestiário” a equipe interna “mica” o projeto;
- Quantas vezes não “assisti” bons projetos “micarem” porque os gestores do projeto não estavam “entendendo” as limitações dos envolvidos;
- “Má vontade”, “incompetência” … existem … na verdade também existem … na maioria das vezes o fracasso foi “erro do projeto” ao superestimar a disponibilidade e capacidade operacional dos atores !!! … não existiam “em número” ou não estavam adequadamente capacitados, e a capacitação, que deveria ter sido a primeira etapa do projeto, não ocorreu !!!!
Toda criança, agora também as meninas !!!, algum dia sonha em ser jogador@ de futebol, ficar famos@, ganhar muito dinheiro fazendo uma coisa gostosa: “jogar bola”:
- Eu, particularmente, joguei em vários times de futebol … de várzea …
- Até apareci na televisão algumas vezes … no torneio “dente de leite” onde “marquei” um garoto “bom de bola” que se profissionalizou como jogador e depois se tornou um dos técnicos mais famosos do Brasil … e no torneio “desafio ao galo”, onde um “cara bom de bola” jogava no meu time, depois se profissionalizou, e por coincidência depois se tornou assistente deste técnico que escreveu seu nome na história do time do meu coração (que não é o São Paulo);
- Apesar de me lembrar com saudades desta época, convivi com muito “cara bom de bola” que perdeu todas as oportunidades da vida querendo ser jogador de futebol … alguns se perderam em drogas … e nem sei se não perderam a vida … entendendo o cenário e fazendo analogia com a gestão da saúde …
A tabela da esquerda ilustra uma lista de fontes de receita dos clubes de futebol:
- Elas variam absurdamente quando comparamos “de onde vem o dinheiro” dos times da Série A com as demais séries;
- A questão não é só quanto ganham, mas o potencial de ganho que podem ter … as alternativas de sustentabilidade financeira que têm;
- Um time “não da elite” fazer uma campanha surpreendente e ganhar … ou pelo menos disputar o título com os da elite … “é um milagre” … apareceu lá uns 3 ou 4 jogadores muito acima da média … “caiu o raio” mais de uma vez no mesmo lugar entende ?
- Porque os bons jogadores naturalmente são contratados pelos times da elite !
A tabela da direita ilustra casos reais de % de receita por fonte pagadora em 4 hospitais muito diferentes:
- Privado grande e de médio porte que não atendem SUS, universitário e filantrópico que também atendem SUS … são dados coletados em projetos reais de consultoria, por isso, como sempre, eticamente não vou “nominar” os hospitais;
- Veja que a configuração da origem da receita é completamente diferente … eles dependem mais ou menos de um cliente específico;
- A pior coisa que uma empresa pode ter é dependência de um cliente ou de um fornecedor específico … se ele “quebra”, você “quebra junto” !
- E pelo Brasil a maioria dos serviços de saúde dependem muito de uma fonte pagadora específica … e a maioria das operadoras de planos de saúde dependem muito de um hospital específico … “se amam e se odeiam” ao mesmo tempo, porque “jogam em lados diferentes do campo”, e não têm outros times para jogar … dependem completamente da empresa que se interessa exatamente pelo que não lhe interessa !
Como os clubes de futebol, serviços de saúde que têm mais origens de receita … “pulverizando” a origem das suas receitas … correm menos riscos e podem se arriscar mais investindo em expansão … se estruturando adequadamente … crescendo …
- Voltando aos meus tempos de várzea, no dente de leite tinha “um cara muito bom de bola” (não eu) … melhor do que aquele que virou jogador e técnico famoso … mas não vingou no futebol … porque meu time era o Botafogo da Vila Formosa (o “Foguinho”) … nosso campo era de “terra batida”, do lado do cemitério … o que virou técnico (que também era “muito bom de bola” – dos melhores que vi jogar) era jogador do São Paulo … a chance de um garoto da base de um grande clube vingar é muito maior … quantos “moleques bons de bola” estão jogando na terra batida hoje e nunca terão a chance nem mesmo de jogar em um gramado ?
- Indo para a saúde, quantos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos … “fantásticos” … conheci na minha carreira profissional, mas não tiveram o merecido sucesso porque “singraram” sua carreira na “Santa Casa de Xixirica da Serra” e não no “Hospital de Marca” ? … perdi a conta !
O “bom gestor da saúde” nunca pode duvidar de uma coisa:
- Aquele “menino do dentinho do São Paulo” teve o merecido sucesso, porque era bom de bola, virou bom técnico e o destino o colocou no lugar certo na hora certa, ao contrário de muitos meninos também bons de bola que “não tiveram a mesma oportunidade” … com profissionais assistenciais ocorre o mesmo;
- O gestor da saúde jamais pode subestimar a qualidade do profissional assistencial, do profissional de retaguarda assistencial, de retaguarda administrativa … do serviço … da operadora … somente porque “ele não tem pedigree”;
- Deve estabelecer indicadores adequados para avaliar desempenho e não a marca, senão perde oportunidade, e faz uma má gestão, porque acha que somente pessoas que foram formadas na escola X, na operadora X, no hospital X são competentes … acha que o que eles propõem não tem cabimento … se pensar assim “erra no atacado” !
- Tem menin@ b@m de bola aí dentro da sua instituição, seja o piso do hall de entrada da sua recepção “de gramado sintético, seja de terra batida” … acredite !!
A tabela da esquerda ilustra o nível de profissionalização dos clubes de futebol:
- A elite possui estrutura “anos-luz” maiores e melhores do que os demais;
- A tabela da direita ilustra o percentual de operadoras de planos de saúde e de serviços de internação que são “acreditados” … um número insignificante em relação ao total;
- Boa parte dos gestores, infelizmente, ainda acredita que certificação em qualidade “é bobagem”;
- E boa parte deles, também infelizmente, ainda acredita que qualidade se obtém no processo de certificação … ainda não “caiu a ficha” para eles que qualidade a gente tem ou não tem … a certificação é apenas uma evidência de que em determinados processos ela existe.
Você tem alguma dúvida de que o Barcelona, o Real Madrid, o Bayern de Munique, o Manchester (escolha o que você quiser!) tem estrutura adequada ? Que têm qualidade ?
- Aqui no Brasil os atuais “modelos de gestão do Futebol”: Palmeiras, Flamengo, Atlético Paranaense … têm estruturas que causam inveja nos demais;
- Isso não impede que, por exemplo, o Santos que não tem estrutura similar seja um dos maiores ganhadores de títulos … um dos maiores reveladores de talentos … então … pelos talentos que aparecem, o que existe em muita empresa de qualquer segmento de mercado !
Veja: não existe certificação de qualidade em clubes de futebol … eles não são “acreditados”:
- Os times que têm uma estrutura espetacular também perdem … mas ao longo do tempo são “bichos papões” !
- Porque independem da “sorte” de aparecerem talentos … “o processo” mantém a qualidade reduzindo a necessidade de surgir “um fora de série” !!
- É claro que se existisse certificação seria muito bom para o gestor do clube buscar o selo … por inúmeras razões … a menos importante delas é “ter o selo de qualidade” – não serviria nem mesmo para pendurar na “sala de troféus” ! … o mais importante seria “sedimentar” o valor de que qualidade é importante !!!
Na saude ocorre o mesmo:
- Auxiliei algumas empresa no processo de certificação da qualidade … não como certificador, auditor de qualidade … assessorando a empresa na estruturação da área da qualidade;
- Em algumas delas, vendo “o antes e o depois” … mudou da “água para o vinho” … os gestores captaram os conceitos de melhoria dos processos … as técnicas de mapeamento e melhoria dos processos … e isso passou a fazer parte do seu “modus operandi” … não tendo como objetivo “o diplominha”, mas a melhoria da gestão … foram projetos fantásticos;
- Uma parte delas, infelizmente, queria “a pirotécnica” de mostrar que estava certificada … o antes e o depois … mudou quase nada … um sucesso de marketing … um fracasso na gestão;
- Em 2, particularmente, a certificação não mudou absolutamente nada, por se tratar de hospitais onde a excelência assistencial sempre esteve em gênero, número e grau no seu “o DNA” … nem comemoraram muito ”no dia da certificação” !!!
Tem gente que ainda acredita que um técnico de futebol de time da Série A escala o jogador que quiser !!
- Quando era criança, sócio do Corinthians, entrava no campo depois do treino e “batia bola” com alguns dos mais famosos jogadores da época … a imprensa entrava também e entrevistava quem queria … as vezes um deles “dava uma chuteira usada para algum menino que ia correndo “passar sebo no couro” para dar de presente para alguém mais velho que “calçava aquele número” !
- Nem esporte amador hoje é tão desprovido de “atores” como era o futebol profissional na época … a economia não havia descoberto o produto futebol … era um “esporte” no mais espetacular sentido da palavra, em uma relação “time – jogador” … onde o jogador fazia tudo pelo seu time … tinha vergonha de perder uma partida;
- O lado esquerdo da tabela ilustra que atualmente o atleta é “intocável” porque o interesse econômico que envolve “o negócio” é grande … diversos atores, a maioria deles movido exclusivamente por interesse econômico, têm objetivos diferentes, missões diferentes e valores diferentes ao “participar do espetáculo”;
- Atlético Mineiro, Cruzeiro, Grêmio, Internacional … se mandarem dois jogos por semana colocam pelo menos 20.000 clientes no estádio, sem fazer muita propaganda … algo em torno de 100.000 ingressos por mês … que negócio maravilhoso é esse chamado futebol !!
- O técnico é um “mero facilitador” na tentativa de entendimento dos diversos interesses … quando o time ganha, o entendimento é sempre de que o trabalho é excelente … quando “a bola não entra” ele, como elo mais fraco na cadeia de valores do negócio, é sacrificado para satisfazer os demais;
- O técnico até tenta fazer o melhor para agradar a maior quantidade de envolvidos … como em cada campeonato só existe um campeão, é claro que para maioria dos envolvidos em 99 % dos times que estão no campeonato o trabalho do técnico é ruim !
O técnico no futebol é o gestor na área da saúde !!
Olhando o lado direito da tabela:
- Ela ilustra a diversidade de atores que existem na área da saúde;
- Me desculpem se esqueci alguns (certamente esqueci) porque apenas listei os que “passaram pela minha cabeça” enquanto escrevia;
- Se um time vende 100.000 ingressos por mês … somente na saúde suplementar (não no SUS) … se pegarmos o Estado de São Paulo … em um mês … somente em ambiente ambulatorial (sem contar internações) … temos 32 milhões de registros entre consultas, exames e terapias … 320 vezes mais … que negócio fantástico é esse chamado saúde !!!!!!!!!
- Quando fazemos alguma coisa em gestão da saúde somente uma coisa é certa: vai desagradar “um monte de gente” que tem interesse contrário;
- O gestor de sucesso é o que parte da premissa que qualquer coisa que ele fizer vai dar certo na opinião de alguns, mas vai “dar ruim” na opinião da maioria;
- A habilidade do gestor na saúde é, cada vez mais, entender “de onde virá o grito” quando ele faz alguma coisa … saber que alguém vai gritar;
- E se não gritar, ficar preocupado: é melhor ouvir o grito sabendo que ele virá, do que não ouvir grito nenhum e uma articulação tirá-lo do cargo … porque quando se articula, o silêncio é a “alma do sucesso”;
- Comparando com o futebol: se o dirigente diz que o “técnico está prestigiado” … problema !!!
Quanto mais o gestor souber quem são os atores na área da saúde, o que fazem, o que querem … o que os motiva para estarem na área da saúde … melhor será a sua gestão, seja na área pública, seja na área privada !
Por isso enalteço iniciativas de capacitação de gestores que tive a oportunidade e a honra de participar estes anos … muito particularmente este ano onde a quebra de paradigma em relação aos cursos EAD aparentemente ocorreu:
- O convite para dar aulas em turmas de pós-graduação;
- A confiança depositada por várias empresas para que eu conduzisse um programa de capacitação “in company”;
- Me deixa muito contente, porque de alguma forma pude passar como experiência para os gestores, muito além das técnicas comerciais, de faturamento, auditoria de contas, gestão de riscos, custos, modelos de remuneração, valor em saúde, precificação, ressarcimento ao SUS, planejamento orçamentário …
- … muito além do “por que”, “como” e “quanto” … “quem” é mais ou menos afetado em cada um destes temas … saber lidar com eles;
- Em um cenário onde o público e o privado estão cada vez mais “indissociáveis”: a integração entre o público e o privado na saúde é gigante … basta olhar o lado direito da tabela para sentir isso, mesmo sem ter tido a oportunidade ainda de conhecer um pouco mais sobre cada um deles !!!!
Por isso a insistente pergunta que saiu da minha boca “zilhões de vezes” nesta longa jornada de consultor e professor na área da saúde: “você sabe com quem está falando ?”
Enio Jorge Salu tem especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. É professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta. Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unime. Também é CEO da Escepti Consultoria e Treinamento e já foi gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado.