Modernizar é a palavra de ordem para qualquer instituição que deseja estar entre as melhores do mercado. No setor da saúde não é diferente. Para competir em alto nível, as empresas que atuam nesse segmento têm se modernizado cada vez mais com o uso de tecnologias. Mas antes de pensar em equipamentos de última geração, que remetem a inovações futurísticas, é preciso se atentar à estrutura que irá suportar todo o aparato tecnológico.
Quando se fala da expansão de edifícios hospitalares é indispensável pensar também na flexibilidade dessa estrutura. Isso porque, ao longo dos anos, inovações irão surgir e é preciso que o prédio esteja apto para comportá-las.
Ao se modernizar, para obter resultados mais precisos no campo de engenharia clínica, também não se pode perder de vista os fundamentos de controle de infecção direta ou cruzado e a flexibilidade dos sistemas auxiliares. Para isso, muitos hospitais e laboratórios têm contratado arquitetos e engenheiros especializados.
Nesse sentido, a climatização de uma instituição de saúde é uma característica essencial para a qualidade e segurança do atendimento, no que tange ao controle do fluxo de ar, pressões diferenciais, controle de temperatura e umidade do ar, nível de filtragem do ar e nível de ruído das instalações.
O engenheiro Duilio Terzi, da Fundament-AR, empresa que atua na área de Engenharia Térmica no segmento de Projetos e Engenharia Consultiva há mais de 25 anos, com mais de 4.000 projetos desenvolvidos, ressalta a importância de realizar investimentos na climatização destes ambientes, como qualidade interna do ar, pureza, direcionamento do fluxo de ar (para evitar contaminações) e diminuição do nível de ruído.
Terzi ressalta ainda a importância de investir em projetos que utilizem engenharia térmica. “Falhas de cálculo ou a incorreta seleção de ventiladores ou exaustores podem trazer consequências perigosas para as instituições de saúde, como risco de infecções cruzadas ou decorrentes de uso de material poroso e até mesmo risco de incêndio”.
Na prática
O Hospital Alvorada de São Paulo, reacreditado pela JCI, apostou em projetos rigorosos de engenheira térmica para promover a modernização do edifício. “Desenvolvemos diversos projetos no Hospital, mais precisamente 13 projetos gerais e com muita especificidade, projetando áreas críticas, onde a preocupação era a de atender a legislação pertinente, seja da Anvisa ou ABNT”, conta Terzi.
O trabalho desenvolvido no Hospital aconteceu em conjunto com o escritório de arquitetura Leitner, em um curto período de tempo, afirma Terzi. As adaptações para viabilizar a modernização da unidade aconteceram a partir de um trabalho multidisciplinar, reunindo arquitetos e profissionais especializados em instalações elétricas, hidráulicas, de ar condicionado e de ventilação. “O maior desafio foi o desenvolvimento do projeto de ar condicionado hospitalar, em um prédio existente, atendendo a recomendação da norma brasileira NBR 7.256”, completa Terzi.
O case do Hospital Alvorada é um exemplo de que investir na escolha de equipamentos de climatização é fundamental para o bom funcionamento a longo prazo. “O sistema de ar condicionado na área de saúde representa uma parcela mínima em relação ao investimento total de um Hospital. Se esta parcela estiver mal dimensionada, ou não atender aos critérios da legislação da Anvisa, ABNT ou do Corpo de Bombeiros, corre-se o risco de haver problemas futuros”, ressalta o engenheiro.
Trabalho consultivo
O Engenheiro Duilio Terzi, da Fundament-AR, ressalta a importância do trabalho consultivo para garantir que os projetos sejam revesti- dos de detalhes e especificações, de modo que o instalador do sistema não tenha dúvidas na fase de compra de equipamentos, instalação, balanceamento e entrega do sistema.
Essa matéria foi publicada na 28ª edição da revista HealthRAQ. Clique e confira a publicação.