A ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde) criou um comitê sobre Valor em Saúde para estudar e propor medidas a respeito de um dos temas que mais tem mobilizado a área da Saúde nos últimos tempos: Saúde Baseada em Valor.
O conceito envolve a entrega do melhor resultado para o paciente, evitando-se desperdícios de recursos e procedimentos desnecessários. Com a escalada dos custos da Saúde em todo o mundo, o tema ganhou relevância como alternativa ao atual modelo de pagamento baseado no serviço prestado. O objetivo das atuais discussões é buscar novas soluções que garantam a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde.
“Encontrar um caminho para prestar assistência de qualidade e, ao mesmo tempo, otimizar recursos se tornou prioridade diante do atual cenário que impacta o financiamento da área da saúde” ressalta Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da ABIMED.
O executivo citou o envelhecimento da população, o aumento das doenças crônicas não transmissíveis, a oferta de novas tecnologias, a necessidade de se garantir acesso da população a elas e a disponibilidade de recursos públicos como as principais situações que desafiam gestores e demais agentes da saúde.
Embora o tema Saúde Baseada em Valor esteja sendo amplamente debatido na cadeia de saúde, não há consenso entre os diferentes segmentos e muitas questões ainda permanecem sem respostas – desde a mais básica, como definir o que é valor, às mais complexas, que envolvem a implementação de novos sistemas e a mensuração de resultados.
Para contribuir com o avanço dos debates, a ABIMED quer conhecer as expectativas dos stakeholders do setor (poder público, universidades, associações de pacientes, sociedades médicas, hospitais, planos de saúde, laboratórios clínicos, associações de classe e secretarias de saúde) para formar um consenso único e claro sobre o tema e seus possíveis impactos para o paciente e toda cadeia de saúde.
“O objetivo da ABIMED é reunir subsídios para definir o papel e a contribuição que a indústria de alta tecnologia médica pode dar para a adoção desses novos modelos”, diz Silveira Filho