Administração da Santa Casa de Chavantes muda cultura de Hospitais em Rondônia

“A vinda da Santa Casa de Chavantes evoluiu as unidades, fruto da gestão dos recursos do SUS com padrões de um serviço privado”, afirma Patrícia Carvalho, da Santa Casa em Vilhena

Ambientes insalubres, fossas abertas, superlotação em contraponto com quartos vazios, média de permanência superior ao recomendado, descontrole no mapa de programação cirúrgica.

Esses são alguns dos problemas que o Instituto do Rim e a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira, ambos localizados em Rondônia, enfrentaram antes de serem administrados pela Santa Casa de Chavantes. 

Ainda de acordo com a diretora administrativa da Santa Casa em Vilhena, Patrícia Carvalho, tais instituições também enfrentaram por problemas como ausência de rotina de limpeza concorrente e terminal, estrutura com apresentação de rachaduras, mofos e goteiras; inexistência de climatização dos ambientes, bem como de indicadores de qualidade.

“Além disso, o laboratório, apesar de possuir capacidade de produção de mil exames por hora, realizava menos que 25 exames por dia para a população. Enfrentávamos ainda o problema de gestão de fila, que tinha mais de 200 mil procedimentos pendentes”, lembra a diretora.

Para Patrícia, o que mais mudou desde a vinda da Santa Casa de Chavantes refere-se à cultura. “A vinda da Santa Casa evoluiu as unidades, fruto da gestão dos recursos do SUS com padrões de um serviço privado.”

Outras melhorias também são percebidas, fruto da nova gestão, como a melhoria predial, dimensionamento de recursos humanos, realização de procedimentos que antes não eram feitos, diminuindo inclusive o quantitativo de transferências.

“Sentimos ainda uma significativa melhora quanto à oferta de exames feitos dentro do Hospital que, antes da chegada da Santa Casa, não eram realizados, a exemplo da endoscopia e colonoscopia. A melhoria na qualidade do atendimento da UPA com uma equipe médica qualificada e suficiente, a criação da sala de coleta e instalação da rede de gases foram outros benefícios. Ou seja, tivemos uma melhoria expressiva quanto ao acolhimento e atendimento aos nossos pacientes.”

Há ainda indicadores que evidenciam o salto de evolução que a Santa Casa de Chavantes conseguiu no Instituto do Rim, na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas e do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira.

Em apenas seis meses, a Santa Casa garantiu uma evolução nos indicadores de gestão que avaliam mais de 7 mil itens agrupados em 4 categorias.

“Em apenas seis meses, evoluímos de 2.9 pontos para 7.8 pontos. Um feito acima da média nacional. Os dados coletados de janeiro a julho de 2023 são importantes e, especialmente, servem como motivação para que toda a equipe e profissionais envolvidos continuem obstinados na busca da eliminação das vulnerabilidades técnicas assistenciais e estruturais”, explica Patrícia. 

Para Patrícia, a administração da Santa Casa de Chavantes comprova a importância de gerir os recursos do SUS, com padrões de um serviço particular.

“O plano de ações ainda tem um longo caminho pela frente, mas certamente já diminuímos consideravelmente o nível de criticidade dos equipamentos de saúde e estabelecemos novas metas de qualidade.”

O foco, hoje, são os indicadores humanos de acordo com a diretora. “A cultura do cuidar, o aprendizado, a educação continuada de nossos profissionais e a ânsia por dias cada vez melhores já estão enraizados, e os avanços serão consequências naturais, especialmente porque a dedicação e o amor ao trabalho trazem resultados. Nosso trabalho está marcando época em Vilhena.  

Melhorias realizadas sob a gestão da Santa Casa de Chavantes:

  • Inauguração de Casa de Parto Normal;
  • Implementação da Neonatal;
  • Realização de cirurgias de especialidades que antes não eram realizadas no hospital; 
  • Instalação de rede de gases; 
  • Habilitação da UPA; 
  • Núcleo Interno de Regulação (NIR) – Médico e enfermeiro que realizam monitoramento dos casos internados, disponibilidade de leitos, cronograma e mapa cirúrgico, solicitações de exames de alta complexidade e cobrança das diversas equipes para resolubilidade dos casos internados;
  • Instalação de bombas dosadores para tratamento da água;
  • Laboratório modernizado, interfaceado, onde os pacientes não precisam esperar em filas e podem receber os resultados virtualmente.

Essa e outras matérias exclusivas estão na matéria Healthcare Management 91.

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