A unidade de transplantes do Hospital Márcio Cunha (HMC), administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), realizou mais um importante feito na sua história de sucesso e alcançou a marca de 500 transplantes renais. Investimentos feitos pela FSFX na expansão da infraestrutura e na capacitação de uma equipe multidisciplinar credenciaram o HMC como centro para captação de rins pelo Ministério da Saúde, em 1987 e de transplantes renais em 1992, ano da realização do primeiro transplante de rins no hospital. Hoje, a unidade é o único Centro Transplantador da Regional Leste, demarcada pela MG Transplantes.
Para o médico nefrologista e coordenador do Serviço de Transplantes renais do HMC, Carlos Alberto Chalabi Calazans, atingir a marca de 500 transplantes renais habilita o hospital como referência na área de transplantes para Minas Gerais e para o Brasil. O resultado é fruto de um investimento permanente da Fundação, tanto em infraestrutura hospitalar e nos recursos laboratoriais, quanto na capacitação da equipe. “Ao longo dos anos, foi realizado um grande trabalho de desenvolvimento da unidade e da equipe multidisciplinar que atua nela, priorizando a humanização no atendimento com alto nível de sofisticação técnica, responsável pela excelência dos resultados obtidos. No HMC, o paciente é acolhido desde o início e realiza todo o tratamento no próprio hospital, passando por avaliações antes do transplante, durante o transplante e após o procedimento por tempo indefinido, tanto o receptor quanto o doador. A nossa missão é levar a saúde e o bem-estar a essas pessoas”, explica o nefrologista.
Atualmente, 188 pessoas estão na fila para serem transplantadas no Hospital Márcio Cunha. O transplante renal pode ser feito por meio do doador vivo, que pode ser um parente (mãe, pai, tio, irmão, etc.) ou uma pessoa não aparentada (marido, esposa, amigo) do paciente. Nessa condição, é necessária uma autorização judicial para realizar o transplante. A cirurgia também pode ser feita a partir de um doador falecido, com diagnóstico de morte encefálica e com a permissão da família para fazer a doação.
INSUFICIÊNCIA RENAL
O número de casos de insuficiência renal crônica tem crescido muito nos últimos anos, causado, principalmente, pela longevidade e pela prevalência do Diabetes Mellitus. A doença renal crônica possui cinco fases de evolução, sendo que na última fase , o rim não consegue manter as funções e compromete o funcionamento do organismo. É quando a pessoa passa a necessitar de terapia renal substitutiva, que pode ser por meio dos diversos tipos de diálise, hemodiálise ou o transplante de rins.
Para que um paciente esteja apto a receber um novo rim e seja inscrito na lista única do Sistema Nacional de Transplantes, ele é avaliado nos aspectos médicos, psicológicos e sociais quanto à possibilidade de submeter-se ao transplante. No HMC, o transplante é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos especializados em Nefrologia, Urologia, Cirurgia Vascular e Anestesiologia, além do apoio da enfermagem e da psicologia, que atuam diretamente na realização do trabalho e, ainda, as equipe da Unidade de Terapia Intensiva e da Infectologia.
O Hospital Márcio Cunha atende a demanda de oito unidades de terapia renal substitutiva, sendo referência para mais de 800 mil habitantes do Vale do Aço, Caratinga, Manhuaçu, Manhumirim, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Itaobim. Entre os anos de 1992 a 2006 foram realizados 100 transplantes renais no HMC e, a partir de 2007, graças a investimentos realizados no setor, esse número foi quadruplicado.
Atualmente, o Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do HMC realiza o tratamento de 410 pacientes em hemodiálise clássica, 13 pacientes em hemodiálise diária, 71 pacientes em diálise peritoneal ambulatorial contínua e 33 pacientes em diálise peritoneal automática. Também são assistidos na unidade 310 receptores de transplante renal e 344 doadores de rim para transplante. No total, 1.181 pessoas estão em acompanhamento no CTRS do hospital.