Carlos Costa anuncia Rede Paulo de Tarso de Cuidados Continuados Integrados

Em um momento em que a saúde está no centro de todas as atenções, o Hospital de Transição Paulo de Tarso anuncia a formação de uma rede, que inclui, além do hospital, Atenção Domiciliar e Clínica Integrada. “Durante a pandemia do coronavírus, vimos como os hospitais de transição, se melhores aproveitados, poderiam ter ajudado a desafogar a ocupação daqueles de emergência. Mas, mais do que isso, foi possível notar a importância dos serviços de cuidados continuados e integrados. A rede vem como uma resposta a isso”, afirma Carlos Costa, CEO da Rede Paulo de Tarso.

Carlos revela que a ideia de um serviço integrado já existia antes da chegada da Covid-19 ao Brasil, mas a conclusão dessa integração aconteceu no meio da pandemia. Foram 24 meses de estruturação e obras iniciais, que ainda se estenderão por mais dois anos com um investimento aproximado de R$ 20 milhões, para se chegar ao resultado final, que promete não só ajudar o sistema de saúde, como facilitar o dia a dia dos pacientes, além de melhorar sua qualidade de vida.

De acordo com dados do IBGE, em 2060, um quarto da população do Brasil deverá ter mais de 65 anos. E a população idosa em Minas Gerais se tornará maioria em comparação aos jovens de até 14 anos já a partir de 2030. Esse envelhecimento demanda ações na área da saúde. “Uma população com expectativa de vida cada vez mais alta nos leva automaticamente a um novo perfil epidemiológico de doenças crônicas prevalentes e, consequentemente, a uma dependência maior do outro. A Rede Paulo de Tarso aparece como um elo que faltava no sistema de saúde e representa uma evolução às políticas assistenciais para entregar maior autonomia e qualidade de vida às pessoas, sem que elas precisem recorrer a parentes ou unidades hospitalares tradicionais que foram concebidas para o atendimento de urgência”, afirma.

Segundo ele, além do benefício de se minimizar riscos de infecção hospitalar e desafogar os prontos-socorros gerais que estão voltados para pacientes mais graves, o paciente encontra nas Redes de Cuidados Continuados Integrados (RCCI) profissionais especializados no atendimento a esse perfil populacional. O objetivo é que a ideia não beneficie apenas Minas Gerais, mas também outros estados, que podem ser influenciados pelo modelo de saúde proposto pela Rede Paulo de Tarso e que é muito comum em outros países que já passaram pelo envelhecimento populacional que o Brasil tem constatado.

Na formação atual, que ainda receberá reforço, existe o Hospital de Transição, a Clínica Integrada e a Atenção Domiciliar. O primeiro é indicado a pessoas que estiveram (ou estão) internadas por um tempo e ainda precisam de cuidados médicos e equipe multiprofissional essenciais, mas sem demandar intervenções de alta complexidade ou terapia intensiva (fornecidas pelos hospitais gerais). Trata-se da melhor opção para pacientes com enfermidades crônicas ou degenerativas, pessoas que requerem tratamento especial e cuidados prolongados que visem a reabilitação, readaptação e reinserção social, garantindo maior autonomia, independência e qualidade de vida.

Na Clínica Integrada, é realizado atendimento ambulatorial nas especialidades de geriatria, clínica médica, nutrologia, fisiatria, neurologia e serviço de aplicação de Toxina Botulínica para ganhos funcionais e reabilitação motora. Ela ainda contará, em breve, com serviços nas áreas de Psiquiatria, Endocrinologia, Ortopedia, Urologia, Cardiologia, Odontologia, Estomaterapia e Endoscopia.

Já na Atenção Domiciliar, é oferecido um serviço que vai além de um cuidado ao paciente em sua casa. Ele está conectado às linhas de cuidado da Rede Paulo de Tarso e busca garantir uma transição segura para o domicílio com manutenção e continuidade dos cuidados integrados. Todos os planos de cuidados e metas terapêuticas são pensados com o objetivo de reduzir readmissões hospitalares. Diferentemente dos modelos de remuneração “fee for service”, tradicionais no mercado de saúde e muito questionados por gerarem excessos e desperdícios de recursos, a Rede Paulo de Tarso trabalha por programas e meta terapêutica de ciclos de 30, 60 e 90 dias, assim o compromisso com o resultado é compartilhado, gerando uma experiência diferenciada em serviços de saúde.

A proposta é um modelo que não visa somente a cura da doença, mas que coloca o paciente e a família como unidade de cuidado, tratando de forma certa, no tempo certo e no local adequado, com qualidade e segurança, possibilitando uma assistência de valor.

Através da gestão de Rede, uma espécie de central de controle do fluxo de entrada e movimentação dos usuários que passam pela Rede Paulo de Tarso, independentemente do serviço em que estão inseridos, busca-se garantir a integralidade, continuidade, integração e resolutividade dos cuidados, através do monitoramento ativo e abrangente das demandas de saúde de cada um. A Rede promove o suporte em demandas sociais e de apoio e diagnose para os usuários, além de realizar interface com outros serviços como fontes encaminhadoras, pagadoras, reguladoras e de apoio social.

Os diferenciais da Rede vão desde o modelo de remuneração baseado em valor, a uma ampla equipe composta por especialistas, gestão de risco e barreiras para iatrogenias (exames e procedimentos desnecessários), foco na corresponsabilização e capacitação de famílias, cuidadores e paciente, priorização da verticalização do cuidado, e geração de banco de dados e informações estratégicas compartilhadas com fontes pagadoras.

Para a expansão prevista, a Associação Paulo de Tarso tem contado com parceiros financeiros, que, assim como sua gestão, enxerguem para além das práticas habituais de mercado quase sempre estruturadas em entidades privadas com fins lucrativos, inclusive com a crescente entrada de capital estrangeiro vivenciada nos últimos anos em mercado de saúde no Brasil. Carlos Costa afirma que o mercado financeiro precisa voltar o olhar com uma maior atenção também às instituições privadas sem fins lucrativos, que, mesmo respeitadas as especificidades legais que as regem, ainda assim possibilitam operações como o modelo Built to Suit (BTS), com grande potencial de rendimento e retorno ao mercado financeiro. Outro meio são as Leis de Incentivos fiscais relativos aos Direitos do Idoso, previstos no Estatuto do Idoso, que autorizam e permitem à muitas empresas associarem suas marcas a trabalhos relevantes de apoio à saúde e amparo social da população, como o realizado pela Rede Paulo de Tarso.

“Estamos otimistas com as mudanças realizadas até aqui e garantimos que não vamos parar. O nosso objetivo é ainda expandir outras duas unidades distintas – Hospice Care e Centro Dia do Idoso – e com serviços fundamentais para complementação da Rede Paulo de Tarso, e oferecer um serviço de qualidade focado em melhorar a saúde e gerar valor para as pessoas. Cuidar continuamente do outro é mais do que uma obrigação para nós, é um propósito”, conclui o CEO.

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