A presença feminina é uma realidade dentro do universo hospitalar, mas nem sempre é frequente encontrar mulheres atuando em projetos de pesquisa. O relatório “Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil”, divulgado pela Agência Bori e pela Elsevier em março de 2024 mostra que o percentual de mulheres entre os autores de publicações científicas no país passou de 38%, em 2002, para 49%, em 2022 e que o Brasil é o terceiro país com maior participação feminina na ciência, atrás apenas da Argentina e de Portugal (52%) LINK.
No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o protagonismo feminino é uma realidade permanentemente estimulado e está alinhado à agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) da instituição, que busca promover a inclusão e a diversidade dentro e fora do Hospital.
São mais de 80 mulheres diretamente envolvidas com a condução de mais de 140 estudos científicos conduzidos pelo Centro Internacional de Pesquisa e PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde), contribuindo assim para o avanço da saúde baseada em evidências científicas seja no âmbito privado ou público.
No Centro Internacional de Pesquisas são 36 médicas pesquisadoras que lideram estudos clínicos em diversas áreas como oncologia, cirurgia digestiva, cardiologia, nefrologia e dermatologia, soma-se a elas outras 33 colaboradoras que atuam diretamente na condução de 140 estudos atualmente em andamento.
Só no ano passado, 32 artigos foram publicados em importantes periódicos científicos do Brasil e do mundo com a participação ativa de mulheres do Hospital.
Desde 2008, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz atua na área pública como uma das Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência (ESRE) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) do Ministério da Saúde. Atualmente, outras 19 pesquisadoras da instituição estão envolvidas em estudos científicos voltados à saúde pública, sendo que 16 delas são primeiras autoras em artigos científicos, demonstrando a relevância e protagonismo das mulheres na ciência. São estudos e pesquisas desenvolvidas de acordo com demandas do Ministério da Saúde em áreas como Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e infectologia, entre outras.
Diversidade Profissional
A formação acadêmica e a expertise do time feminino envolvido com pesquisa no Hospital Alemão Oswaldo Cruz também são muito diversas. São enfermeiras, farmacêuticas, biólogas, biomédicas e médicas que participam desde a análise de viabilidade de novos estudos, passando pela negociação contratual, atividades regulatórias, recrutamento e acompanhamento de participantes, monitoria de dados e garantia da qualidade dos estudos. Além disso, essas profissionais atuam desde o planejamento do estudo, participando de atividades regulatórias, interagindo com os centros de pesquisa, coletando e analisando dados, além de contribuírem ativamente na escrita e em apresentações científicas. Essa diversidade de atuação reflete o comprometimento e a seriedade dessas profissionais no cuidado aos pacientes e na execução de pesquisas clínicas de alta qualidade.
“A intensa presença feminina no Centro Internacional de Pesquisa reflete o compromisso da instituição com a equidade de gênero e a valorização da competência técnica e científica das mulheres na pesquisa clínica. As mulheres desempenham papéis fundamentais, desde a coordenação de estudos até a autoria de publicações científicas, garantindo a excelência dos projetos conduzidos”, destaca Dayane Corrêa Vila Nova, gerente operacional de pesquisa clínica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Futuro da pesquisa científica
Para incentivar a formação de novas pesquisadoras e garantir um ambiente de crescimento e desenvolvimento profissional, o Centro Internacional de Pesquisa implementa avaliações periódicas de competências alinhadas à estratégia institucional. O time de liderança acompanha e orienta as colaboradoras quanto às habilidades técnicas e comportamentais necessárias para o avanço na carreira de pesquisa. Além disso, a instituição disponibiliza estágios, treinamentos, mentorias e apoio estatístico, fortalecendo a formação de novas cientistas e garantindo a continuidade da presença feminina na pesquisa clínica.
Uma das iniciativas de destaque dentro do PROADI-SUS é o programa de pesquisador visitante à Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Em sua primeira edição, realizada em 2023, o programa recebeu três pesquisadoras, promovendo troca de experiências e capacitação especializada. A segunda edição será divulgada em 2025, ampliando ainda mais as oportunidades para novas profissionais. Durante as visitas, as pesquisadoras visitantes participam de reuniões científicas, acompanham ou participam de estudos em andamento, contribuindo para seu desenvolvimento e integração na comunidade científica.
O trabalho desenvolvido pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz demonstra não apenas a relevância na pesquisa, mas também o papel fundamental das mulheres na construção de um futuro mais avançado e equitativo na ciência. Essa atuação reflete a filosofia da instituição, que tem como princípio de “Servir à Vida”, promovendo excelência, humanização e inovação na assistência à saúde. Com esse compromisso, o hospital busca gerar conhecimento e contribuir para o bem-estar da sociedade, colocando a vida e o cuidado ao próximo no centro de sua missão.
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