Ao longo dos últimos dois anos, a pandemia da Covid-19 reforçou o desenvolvimento de novas soluções ou até mesmo da popularização de ferramentas já existentes na Saúde. Dentre as plataformas que ganhou espaço no mercado está a Telemedicina, que foi amplamente utilizada com a vigência do home office.
A Advantech, empresa de tecnologia focada na integração de sistemas, conseguiu prestar um suporte rápido à modalidade, graças aos longos anos de atuação global no segmento.
“Sempre trabalhamos no desenvolvimento de soluções médicas para os mais diferentes tipos de mercados, incluindo as soluções de Telemedicina. Como atuamos nos EUA e Europa, por exemplo, onde o mercado para atendimento a distância já era bem desenvolvido, conseguimos ter soluções de ponta à disposição para o Brasil”, explica Julio Cesar Sciacovelli, Key Account Manager – Embedded IoT da Advantech.
Um dos grandes destaques da empresa é o Carrinho de Telemedicina, que conta com autofalantes de alta qualidade e câmera de alta resolução com rotações na vertical e horizontal e zoom de 18 vezes.
A ferramenta também conta com um computador industrial All-in-One preparado para a área médica, com tela touch, conexão Wi-Fi e Bluetooth, e resistência a água e poeira.
“Toda essa aparelhagem oferece ao médico e ao paciente uma melhor experiência durante a videoconferência, suprindo todas as necessidades para uma boa consulta.”
Para que o Carrinho de Telemedicina seja utilizado em diversas situações, Sciacovelli garante que seu funcionamento é acessível. “A capacitação de colaboradores e usuários é muito acessível, pois a ferramenta é bem intuitiva e foi preparada para ser usada em ambientes rurais, salas isoladas de tratamento médico, áreas de treinamento clínico e demonstração remota de cirurgia.”
Inovação constante
Ao analisar o cenário da telemedicina no mundo, Sciacovelli pontua que a prática evoluiu desde sua criação, mas que no Brasil a modalidade anda a passos lentos.
“Podemos avaliar a trajetória da Telemedicina desde o início da década de 1960, com a corrida espacial e a necessidade de monitorar a Saúde dos astronautas a distância. Na década de 1970, a Telemedicina passou a ser usada na Europa, EUA e Canadá, sendo difundida em grandes centros médicos para apoiar idosos com dificuldades de locomoção, comunidades rurais e pacientes distantes.”
E completa: “Essa modalidade nunca se consolidou fortemente no Brasil, mas na pandemia vimos essa prática no uso do Teleatendimento, Teleorientação, Telemonitoramento e Teleinterconsulta, então sabemos que está ganhando espaço e provando sua utilidade.”
Além da telemedicina, Sciacovelli acredita que a Inteligência Artificial (IA) é fundamental para o futuro do setor e que a pandemia ajudou a mostrar isso. “No Brasil e no mundo, pudemos observar que a IA ajudou os pacientes a receberem o diagnóstico e tratamento de forma mais precisa.”
O gestor pontua que o uso dessa tecnologia se deve pela necessidade de buscar o diagnóstico da Covid-19 de forma assertiva e rápida. “Pudemos criar e ensinar os algoritmos a identificarem problemas em imagens de ressonância magnética do pulmão, por exemplo, e oferecer o suporte necessário em pouco tempo.”
Para o futuro do setor da Saúde, Sciacoveli aposta na popularização do Metaverso. “A proposta dessa tecnologia é ampliar as interações que já temos hoje em dia de forma mais expandida e descentralizada, usando IA, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. Será possível um paciente brasileiro ‘estar no consultório’ de um especialista norte americano, por exemplo.”
O gestor também já pensa em outras formas da Saúde se aproveitar da nova ferramenta, como a criação de ambientes virtuais personalizados para atender pacientes psiquiátricos e o uso de gêmeos digitais.
“Os médicos poderão criar um modelo virtual do próprio paciente para gerar dados e informações médicas para o mundo real.”