Desafios da cadeia de suprimentos e logística abre discussões do segundo dia do FHCB 2020

Impactos da pandemia na cadeia de supply chain foi explorado em palestra e debate

O último dia do Fórum Healthcare Business –  FHCB 2020 começou com palestra e debate sobre o tema “Os impactos da Covid-19 na cadeia de suprimentos de logística”. A explanação foi comandada pelo Coordenador de Suprimentos da Pró-Saúde, Paulo Pedroso, que falou sobre as dificuldades enfrentadas durante a pandemia.

“Ninguém tinha experiência com algo desse porte, então muitas lições foram aprendidas com o feeling e a sensação de urgência. O que nos moveu foi a preocupação de não deixar nenhuma unidade de saúde desabastecida.”

Pedroso compartilhou as inúmeras questões que surgiram na cadeia de suprimentos, desde a logística de entrega até a dificuldade na aquisição dos insumos. “Primeiro as máscaras e luvas começaram a se esgotar e depois os Face Shields. Outros itens, como respiradores, foram difíceis de encontrar e sempre com um valor altíssimo”, relembra.

“As instituições públicas não têm condições de fazer reposições em larga escala, então a dificuldade é ainda maior. Foi realmente desafiador saber como enfrentar uma crise com dificuldade financeira.”

A discussão continuou em um debate moderado por Ricardo Guidi, Diretor Sênior de Operações de Life Scientes & Healthcare na DHL Supply Chain, e contou com a participação de Alessandra Pereira, Diretora Núcleo Infraestrutura e Logística no HCFMUSP, Leonisa Obrusnik, Diretora da Cadeira de Suprimentos no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Carlos Oyama, Senior Healthcare Advisor.

Leonisa revelou que o Hospital Alemão Oswaldo Cruz contou com um comitê de crise para auxiliar na tomada de decisões estratégicas para realizar o reabastecimento de insumos.

“As notícias e o mercado mostravam a falta de produtos e o preço altíssimo deles. Fizemos listas com os suprimentos fundamentais para manter a Instituição funcionando, mas existia um medo de voltamos para os fornecedores e não encontramos insumo algum.”

Alessandra Pereira, do HCFMUSP, ressaltou como o uso de materiais aumentou.

“Passamos de 500 aventais por dia para 12.000, por exemplo. Tivemos que trabalhar com vários fornecedores novos, dar feedback, pedir alterações e tentar conseguir a quantidade necessária.”

Para Carlos Oyama acredita que a área de Supply Chain merece ter mais destaque corporativo.

“A pandemia ajudou a provar a importância da cadeia de suprimentos e merece uma carreira representativa na gestão dos serviços medico assistenciais é fundamental.”

Para assistir essa palestra e debate na íntegra, bem como os outros temas dialogados no segundo dia do FHCB 2020, acesse o link abaixo.

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