A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 e o reconhecimento de transmissão do vírus por via aérea trouxeram a necessidade de revisão de práticas e infraestruturas de climatização. Este documento elenca o principal ponto para embasar as tecnologias e soluções em conformidade com os sistemas mais avançados dos países desenvolvidos.
A opção apresentada deve ser precedida de uma análise conjuntural da edificação e instalações para determinar os dispositivos e equipamentos adequados.
Sabe-se agora que o COVID-19 será permanente, não há possibilidade de regressar a antigos padrões, sem incorrer em riscos sérios à saúde pública, porém com os cuidados apontados é possível minimizar os riscos de todo contágio não só do COVID-19 como de todas as doenças transmissíveis pelo ar ou contato direto.
A única garantia é o controle da qualidade do ar interior pela sua renovação, purificação e filtragem do ambiente, tornando-se uma preocupação tão importante quanto o controle de temperatura e umidade do ar do ambiente interno.
Existem além da COVID-19 uma sequência de outras doenças contagiosas transmissíveis pelo aerossol ou particulado em suspensão, algumas até mais letais, que seriam igualmente garantidas por este controle.
RECURSOS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS AOS SISTEMAS EXISTENTES
Os únicos recursos para as edificações de uso comercial e misto a serem readequados para os tempos de pandemias, passam por novos princípios não empregados ainda pelos instaladores e manufaturas de sistemas convencionais.
Todos os estudos recentes têm comprovado que a transmissão do vírus SARS-CoV-2 ocorre de forma rápida entre seres humanos, por permanecerem viáveis em aerossol e gotículas por muitas horas e em superfícies por dias.
A grande maioria de ambientes climatizados foram feitos em outros tempos e conceitos e não possuíam sistema de adequado de renovação e tratamento de ar tornando-se fatores de risco e desta maneira contribuindo para o aumento na transmissão desta doença, e portanto, necessitam serem reabilitados.
FAR UV-C 222
Publicação:
A sensibilidade dos coronavírus à luz FAR UVC-222, juntamente com extensos dados de segurança mesmo em exposições muito maiores de FAR UVC-222, sugere que será viável e seguro ter as lâmpadas fornecendo exposição contínua de FAR UVC-222 em locais públicos para reduzir significativamente a probabilidade de transmissão de pessoa para pessoa do coronavírus, bem como outros vírus sazonais, como a gripe.
Na diretriz atual do limite de dose para luz de 222 nm da Comissão Internacional de Proteção contra Radiação não Ionizante (ICNIRP) é de 23 mJ/cm2 por exposição de 8 horas. Interpretando isso como uma intensidade de aproximadamente 3 mJ/cm2/hora, e com base em nossos resultados para o coronavírus beta HCoV-OC43, exposição contínua de FAR UVC -222 a essa intensidade, resultaria em inativação viral de 90% em aproximadamente 8 minutos, 95% de inativação viral em aproximadamente 11 minutos, 99% de inativação em aproximadamente 16 minutos e 99,9% de inativação em aproximadamente 25 minutos. Aumentando a intensidade para um fator de 2 vezes, reduziria pela metade esses tempos de desinfecção, mantendo ainda a segurança.
Concluindo, mostramos que doses muito baixas de luz FAR UVC -222 matam eficientemente no ar coronavírus transportados por aerossóis. Uma dose de exposição tão baixa quanto 1,2 a 1,7 mJ/cm² de luz de 222 nm inativa 99,9% do coronavírus transmitido de ambos os subgrupos beta e alfa, respectivamente. Os estudos de segurança anteriores assim como nossos estudos anteriores com aerozolizados influenza A (H1N1) 23, resultaram que a luz FAR UVC-222 é potencialmente poderosa e de prática abordagem para a redução da transmissão viral no ar, sem riscos à saúde humana associadas com lâmpadas UVC germicidas convencionais. Esses resultados sugerem a utilidade de implantar luzes FAR-UVC-222 em interiores de locais públicos altamente ocupados, como hospitais, veículos de transporte, aeroportos e escolas, potencialmente representando uma ferramenta segura e barata para reduzir a propagação de microbianos mediados pelo ar. A tecnologia FAR-UVC-222 pode potencialmente ajudar a limitar epidemias sazonais de gripe, transmissão de sarampo e tuberculose, bem como futuras pandemias.
QUESTIONAMENTOS FINAIS:
Sendo uma questão simples de solucionar em termos técnicos, questiona-se o porquê de não serem adotados com regularidade e urgência tratamentos deste tipo.
A resposta resume-se a alguns pontos distintos:
1) A falta de conhecimento do mercado e profissionais do setor das vantagens deste sistema, apesar de toda a informação publicada sobre o mesmo.
2) O investimento inicial para a reconfiguração e instalação do sistema, ignorando o retorno pela redução drástica dos custos de manutenção.
3) As edificações podem ser certificadas como absolutamente seguras.
**Artigo escrito por Fernando Bottene CEO & founder Via Luz!; e L.Lincoln, diretor da Kentherm.