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Eduardo Winston fortalece a saúde com ética

Com uma trajetória iniciada no mercado financeiro e consolidada no setor de dispositivos médicos, Eduardo Winston, Diretor Geral da Globus Medical e Diretor do Conselho de Administração da ABIMED, compartilha uma visão estratégica e realista sobre os desafios e oportunidades da saúde no Brasil.

Ao longo de quase duas décadas liderando operações, Eduardo acumulou aprendizados valiosos, entre eles, a importância de construir relações de confiança, encarar o Brasil como um país viável para investimentos e superar a visão autodepreciativa que muitas vezes paralisa avanços estruturais.

Para Eduardo Winston, o ecossistema de dispositivos médicos é um feito grandioso, considerando a complexidade do país.

No entanto, também carrega distorções que dificultam a eficiência e minam a confiança entre os agentes.

“Criamos um sistema onde margens infladas e baixa transparência viraram padrão, tornando difícil implementar modelos sustentáveis”, analisa.

Sua experiência como presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde (IES) entre 2020 e 2024 reforçou sua crença de que ética vai além de regras.

“Ética não é compliance. É aquilo que deveria bastar antes de se precisar de controle”, diz. Para Eduardo Winston, o papel do IES está em fomentar uma cultura ética — e não substituir os órgãos reguladores.

“Foi frustrante ver a percepção de corrupção aumentar mesmo com nossos avanços, mas sigo acreditando que o caminho é o exemplo, não a punição.”

Na ABIMED, Eduardo aposta em uma atuação cada vez mais sistêmica e colaborativa.

“Defender os interesses do setor é promover um ambiente de negócios mais eficiente e transparente. A associação tem legitimidade para liderar esse diálogo com governo, indústria e sociedade”, afirma.

Inspirado na Stewartship Theory, seu modelo de liderança busca criar ambientes de confiança e propósito compartilhado.

“Quando o time está alinhado, o gestor deixa de supervisionar e passa a impulsionar”, explica. Para Eduardo Winston, liderar não é um prêmio, mas uma responsabilidade, e o paciente deve ser sempre o centro da equação.

“Temos que nos orgulhar da saúde que temos, sem deixar de buscar o que ainda podemos ser. Está na hora de desenharmos a agenda dos próximos 30 anos.”

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