Motivada por uma experiência pessoal, Luciane Infanti se dedica a buscar por um sistema de saúde mais acessível
Luciane Infanti é engenheira clínica com MBA em estratégia de negócios pela FGV, especialista em Sistemas de Saúde pela Escola de Saúde Pública de Harvard, com dupla formação em Conselho de Administração, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pela London School of Economics (LSE).
Com 25 anos de experiência, sendo 22 na Saúde, sua trajetória começou aos 17 anos, quando sua filha nasceu prematura – Laís hoje está com 31 anos. Essa vivência a inspirou a lutar por um sistema de saúde mais acessível. “Presenciei grandes transformações na Saúde e ouso dizer que colaborei com algumas”, afirma.
Na sua primeira fase profissional, como engenheira clínica de hospitais, testemunhou a ascensão de tecnologias de ponta no Brasil. Em 2010, como gerente de engenharia do Hospital Samaritano SP, viajou pelo mundo para estudar complexos assistenciais.
No ano seguinte, fundou a ELOSS, consultoria de engenharia de saúde que realizou mais de 30 projetos em seis países. Três anos depois, a equipe estava integrada à Accenture, onde se tornou sócia de Estratégia em Saúde.
“Foi um grande aprendizado, uma abertura de horizonte e um reencontro com meu propósito de mudar a Saúde”, relembra. O cenário parecia ideal, mas ela enfrentou a síndrome da impostora, especialmente desafiadora para mulheres no ambiente de trabalho.
Em 2019, Luciane voltou ao mundo executivo pela DASA, como Diretora de Criação de Valor e VP Comercial, enfrentando a pandemia ao lado de líderes de saúde do país. Em 2021, trabalhou como consultora independente com healthtechs, especialmente com a Conexa, em telemedicina.
“Lá estava eu, atraída pelo compromisso em ampliar acesso. Estar com este grupo foi fundamental para minha quarta transformação”, destaca. Depois, juntou-se à EY como head de Estratégia da Parthenon.
Em 2023, fez uma pausa para refletir. Luciane, que também é surfista e apaixonada por pets, passou três meses na Austrália e voltou decidida a se dedicar integralmente a projetos de saúde no Brasil. Desde então, tem estudado o cenário, participado de palestras, podcasts – PodLiderar (voltado a mulheres na Saúde) e o ClinaCast (desafios da Saúde) – e trabalhado com fundos de investimento e healthtechs. Com o G20 no Brasil, está focada em Saúde Digital e Complementar.
“O futuro é incerto, mas estou preparada para grandes mudanças. Um movimento necessário e relevante é a inclusão de mulheres na saúde”, finaliza.