Projeto da Vega Engenharia conta com oito andares e 141 leitos
Por fora, um prédio retangular com revestimento em ACM branco e azul e com janelas espelhadas. Por dentro, um ambiente convidativo com áreas de descanso para colaboradores, brinquedotecas e locais de convivência para pacientes, utilizando luz natural para torná-los mais agradáveis. Esse é o resultado do trabalho da Vega Engenharia no Centro Hospitalar Joinville, da Hapvida.
Segundo Lívia Falleiros, arquiteta e gerente de projetos da Vega Engenharia, o ambiente foi pensado para humanizar os ambientes da melhor forma possível.
“Uma arquitetura hospitalar de qualidade incorpora leveza e sensações agradáveis que comprovadamente contribuem para a recuperação e saúde dos pacientes e promovem seu bem-estar, além de facilitar o trabalho e processos internos das equipes.”
E completa: “Um ambiente hospitalar não precisa ser triste e frio, pode ser elaborado com uma visão mais alegre e divertida, sem perder a seriedade dos trabalhos que ali são executados.”
Com cerca de 20 mil m², o Centro conta com oito andares, 141 leitos e dois andares de internação. Além disso, os pacientes têm acesso a salas para quimioterapia; centro cirúrgico; UTIs neonatal, pediátrica e adulta; e uma área de exames de imagem, como tomografia, colonoscopia, ecocardiograma, raios x, ultrassom, entre outras especialidades.
A obra surgiu com data de inauguração definida e precisou de um processo ágil e assertivo. Uma etapa fundamental para seu sucesso foi a elaboração do Estudo Preliminar, primeira fase do projeto.
Lívia revela que isso permitiu que se iniciasse o projeto com tudo muito bem definido, inclusive setorização, fluxos e programas de necessidades, evitando o retrabalho no futuro.
Um ponto facilitador do desenvolvimento do estudo inicial foi que a Hapvida tinha suas exigências e necessidades muito bem definidas.
O grande desafio foi idealizar como iriam “encaixar um hospital geral desse porte em um terreno pequeno de formato irregular dentro das condições legais da legislação municipal.”
Outro ponto desafiador se deu pela compatibilização do projeto, uma vez que tinha que atender gabarito, recuos, taxas de ocupação, limites de permeabilidade e vagas de estacionamento mínimas.
“Fizemos um grande estudo de logística para que tudo funcionasse, sem esquecer da agilidade da construção e dos custos envolvidos em cada solução encontrada.”
O projeto foi dividido em quatro partes: estudo preliminar, anteprojeto, projetos legais e projetos executivos. Valdir Campos Júnior, engenheiro civil e diretor da Vega Engenharia, compartilha que a empresa levou menos de 60 dias para desenvolver o anteprojeto e os projetos legais. “Só conseguimos isso devido a uma equipe multidisciplinar”, pontua.
O projeto contou com uma equipe integrada de engenheiros e arquitetos em todas as etapas do processo a fim de evitar mudanças radicais após as aprovações, conseguidas em tempo recorde.
“A obra toda foi edificada em aproximadamente dez meses e tudo foi planejado para termos a menor quantidade de problemas e alterações possível.”
E completa: “Nosso foco é a assertividade e reunimos um time competente e multidisciplinar para conseguirmos lidar com todas as demandas com antecedência.”
Para Valdir Campos, a construção de um grande complexo pode gerar diversas incompatibilidades sem a integração necessária entre os profissionais.
“Os espaços, pé direito, lajes técnicas e todos os detalhes devem ser previamente decididos para agilizar os processos, gerar economia na obra e evitar futuros retrabalhos.”
O trabalho da Vega Engenharia nos projetos desenvolvidos também se destaca pela qualidade técnica dos profissionais no desenvolvimento dos projetos de instalações.
“Nossos projetos visam não apenas aprovações junto aos órgãos competentes, mas também a segurança do empreendimento, o baixo custo da obra, manutenção futura e o uso de novas tecnologias”, pontua Campos Júnior.