Pensar em estratégias de RH, para qualquer mercado, significa pensar na estruturação de abordagens para gerenciar o capital humano – as pessoas. Ou seja, pensar o essencial.
Seja no âmbito da saúde ou no mercado financeiro, sustentabilidade ‘é uma palavra de ordem nas organizações e obrigatoriamente passara por “como” as pessoas fazem as coisas, ‘quem” são as pessoas que escolhemos para nos representar e como os processos, métodos e crenças refletem o “que” acreditamos sobre gerenciar pessoas e, consequentemente, negócios.
Performance, estilo de gestão, meritocracia, recompensa, benefícios, desenvolvimento, criação de conhecimento, sucessão, treinamento e indicadores, tudo precisa estar direcionado no sentido de sustentar a organização ao longo do tempo. E sustentação, obrigatoriamente, se faz através de todo uma comunidade – pacientes, médicos, especialistas, candidatos, funcionários, fornecedores, prestadores – e como ela faz seus acordos e tratados (negócios) – atendimento, serviços, produtos, lucratividade, investimentos, qualidade, diretrizes.
Como profissional de RH há mais de 20 anos no mercado, ‘é curioso constatar o quanto as estratégias de recursos humanos ainda são minimizadas em sua importância quando comparadas as estratégias de negócios, como se houvesse uma divisão “cirúrgica” entre elas. O que de fato não há, pois uma acontecerá obrigatoriamente em consequência da outra.
Além disso, muitas organizações ainda empoderam pouco seus executivos e diretorias de recursos humanos direcionando preceitos ao invés de construí-los juntos, interferindo em iniciativas estruturais em prol de menor custo e deixando de investir em programas e processos robustos de desenvolvimento por não acreditar (de verdade) no real impacto para o negócio. E a consequência está sendo seguirmos com áreas ainda mais operacionais que transformadoras, e um tanto ultrapassadas na sua “esteira” de processos – que por falta de foco e compromisso organizacional com o seu desenvolvimento – seguem desconectados.
Agora, para tornar o RH mais executivo, menos burocrático, mais analítico e engenhoso e menos funcional, a abordagem ideal será diferente para cada empresa, respeitando sua curva de aprendizagem e potencial para a mudança. O certo ‘é que o patrocínio e aposta da presidência e do comitê executivo são fundamentais para a aceleração desse crescimento, pensando que – entre o RH atual e o RH do futuro – talvez o grande insight dessa discussão seja “rever”.
Modelos desafiadores são sempre saudáveis e a energia envolvida em uma mudança na gestão estratégica das pessoas têm se mostrado como um bom caminho para resultados sustentáveis. Considerar a estratégia do seu negócio, mas tendo em vista seus valores, a cultura e, principalmente, a coerência de práticas de recursos humanos com os objetivos estratégicos, certamente tornara a sua organização mais competitiva e melhor preparada para os desafios ainda não mapeados.
Consultora de Desenvolvimento e Conexões da
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