Importações no setor de Dispositivos Médicos cresceram 14,4% e exportações recuaram 10,2%, no primeiro trimestre

O mercado local, estimado pelo consumo aparente – produção nacional somada ao total das importações do período, descontadas as exportações – fechou o primeiro trimestre com crescimento de 5,6%

O Brasil fechou o primeiro trimestre com um aumento de 17,8% no déficit da balança comercial do setor de dispositivos médicos, na comparação com igual período de 2020, e de 15,7% em doze meses. É o que revela o Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). No acumulado de janeiro a março de 2021, as importações totalizaram o valor de US$ 1,6 bilhão, com um crescimento de 14,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020. As exportações somaram US$ 161 milhões, representando um recuo de 10,2%, no período em questão. A balança comercial do período ficou deficitária em US$ 1,5 bilhão.

“O setor de produtos para a saúde voltou a sofrer com a segunda onda da Covid-19, no Brasil, com novos cancelamentos de procedimentos e cirurgias eletivas no início do ano. A desvalorização do real frente ao dólar também prejudicou o desempenho dos negócios. O segmento de Dispositivos médicos implantáveis foi o mais afetado, com redução de 14,7% nas importações e 2,1% nas exportações. O déficit na balança comercial cresceu 18%”, afirma o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.

Os ‘equipamentos de proteção individual’, ‘materiais e suprimentos’ e ‘reagentes para diagnóstico in-vitro’ alavancaram as importações, com crescimento de 243,1%, 38,7% e 22,1%, respectivamente, no primeiro trimestre, na comparação com janeiro, fevereiro e março de 2020.

Os Estados Unidos se tornaram os principais fornecedores de DMs para o Brasil e representaram 18% do total de importações, seguido de Alemanha (14%) e China (12,3%). Também é dos americanos o posto de principal destino dos produtos brasileiros, com 18,7% das exportações. Em segundo lugar, ficou a Argentina com a fatia de 10% desse mercado. Os itens mais exportados foram ‘reagentes para diagnóstico in-vitro’, que corresponderam a 29% do total exportado pelo Brasil em produtos de saúde.

“O mercado local, estimado pelo consumo aparente – produção nacional somada ao total das importações do período, descontadas as exportações – fechou o primeiro trimestre com crescimento de 5,6%, liderado pelo aumento de produtos importados nesta composição, apesar da produção doméstica ter caído 4,7%, no período. Em março os números mostraram uma leve alta, o que pode significar uma retomada das atividades, com a realização de mais procedimentos eletivos e exames”, analisa José Márcio Cerqueira Gomes.

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