Inovação tecnológica do HU-UFMA agiliza diagnóstico de artrose do joelho

Buscando alternativas para acelerar o processo de mensuração de artrose, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), vinculado à Rede Ebserh, desenvolveu uma ferramenta de realidade aumentada que possibilita a estimação do ângulo de desvio do joelho, a fim de diagnosticar pacientes que estão em estado degenerativo. Inovador, o estudo caracteriza-se como pioneiro por utilizar a realidade aumentada como exame clínico.

O estudo propõe um método de identificação do eixo anatômico e reconstrução 3D baseados em imagens de profundidade em tempo real, ou seja, sem exposição, dando mais agilidade ao diagnóstico. As imagens são capturadas por um smartphone, por meio da Plataforma Tango – módulo do Google que objetiva dar a smartphones e tablets uma noção de espaço por meio de sensores – em profundidade. Seu uso permite reconhecer a nuvem de pontos do paciente e sua localização de acordo com um sistema de coordenadas.

Primeiramente, é feita a captura de vídeo: o paciente encontra-se em pé (em observação) de frente para o observador com o smartphone. Depois, imagens são processadas, fornecendo métodos de visualização e manipulação. Por fim, os dados são aplicados de acordo com a necessidade do paciente. Nesse momento é possível verificar o posicionamento do joelho, fêmur e tíbia.

Nigel Lima, estudante de Ciência da Computação, desenvolvedor no Núcleo de Telessaúde e do NCA, um dos autores do trabalho, afirma que essa ferramenta traria benefícios para o médico e paciente. “No momento da consulta clínica, com a aplicabilidade do recurso, o médico teria a possibilidade de entender o desvio do paciente antes mesmo de realizar o raio X. Além disso, o sensor de profundidade do Tango permite a reconstrução 3D instantânea melhorando a visibilidade. Já o paciente, economiza seu tempo com o diagnóstico imediato”, sublinha.

O artigo ‘Exame Clínico de Osteartrose do Joelho com Realidade Aumentada’ foi orientado pelo professor Anselmo Paiva, vinculado ao Núcleo de Computação da UFMA e pelo chefe da equipe de cirurgia de quadril do Serviço de Traumatologia e Ortopedia do HU-UFMA, Raul Almeida.  Tem a autoria de Nigel Lima, Raul Frankllim, Geraldo Braz, Daniel Lima, Humberto Serra e Lucas Maia. O trabalho foi aprovado no 18° Simpósio Brasileiro de Computação Aplicada à Saúde – um dos principais fóruns de divulgação científica e encontro de pesquisadores da área

A osteoartrose (OA) do joelho é uma das formas mais comuns de artrose, sendo prevalente no sexo feminino. É um dos principais contribuintes para a redução de mobilidade e perda de independência funcional, atingindo principalmente os idosos. Provoca a destruição da cartilagem articular de forma progressiva, podendo levar deformidade à região da articulação. O recurso tradicional utilizado para detectar o problema é a radiografia de tamanho curto, popularmente chamado de “raio X”. Esse procedimento expõe parte do corpo a uma pequena dose de radiação ionizante para produzir imagens do interior do organismo.

 

Fonte: Ebserh

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