Internalização do laboratório de análises clínicas do Hospital São Camilo aumentou capacidade e segurança na realização de exames

Até 2016 o laboratório de análises clínicas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo funcionava como um serviço terceirizado. A partir de outubro do mesmo ano, no entanto, o processo de internalização aconteceu e só trouxe ganhos para a Instituição e seus pacientes. Com equipe própria de médicos e biomédicos, a Rede passou a contar com uma central técnica própria para a realização in loco de exames de maior complexidade, abrangendo as áreas de imunologia, hormônios, biologia molecular, microbiologia, além dos exames de urgência, e passou a responder com maior agilidade às necessidades do corpo clínico. 

Após a consolidação do serviço diagnóstico no ambiente hospitalar, houve uma grande procura por parte dos usuários da Rede expressando o desejo de continuar a realizar os seus exames também no acompanhamento ambulatorial. Em abril de 2018, o Hospital ampliou seus serviços para o atendimento de pacientes externos, passando a conciliar os serviços de diagnóstico por imagem e de análises clínicas no mesmo local.

A aceitação dos clientes do Hospital São Camilo foi instantânea: houve um aumento de 15% no volume dos exames no primeiro mês de funcionamento do serviço de coleta externa. De acordo com a Maria Mirtes Sales, especialista em Patologia Clínica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, já era esperado a procura por outros perfis de exames muitas vezes não solicitados em ambiente hospitalar. 

“Quando o paciente é ambulatorial, o portfólio de exames se amplia muito, e eles podem ser indicados para as situações mais diversas possíveis, como avaliação pré-cirúrgica, confirmação de uma hipótese diagnóstica pré-estabelecida ou rastreamento de doença oculta. Também são indicados para monitorar tratamento ou estimar prognóstico de uma doença já diagnosticada”, explica Mirtes. Nesse contexto, o laboratório passou também a realizar exames que auxiliam no diagnóstico de doenças alérgicas, distúrbios hormonais, doenças genéticas, entre outras, que muitas vezes não são solicitados aos pacientes internados.

Na necessidade de um exame mais complexo, não é necessário que a coleta seja feita necessariamente na Unidade Santana, onde está a central técnica, pois o Hospital oferece o transporte do material biológico, dentro das melhores práticas e condições de temperatura e armazenamento, além de ser realizado em tempo curto de transporte, garantindo, então, a preservação e estabilidade do material.

A queda da necessidade de jejum para a maioria dos exames laboratoriais também beneficiou o atendimento dos pacientes. Agora, o fluxo de exames não se concentra apenas pela manhã, mas também ao longo do dia. “Isso traz comodidade ao paciente, pois ele pode coletar o exame na saída do trabalho, no intervalo do almoço, no pós-consulta ou em outros horários de sua conveniência”, explica Mirtes.

 O tempo de realização dos exames também apresentou melhora. “Como a coleta é conduzida pela nossa própria enfermagem assistencial, ganhamos agilidade na liberação dos exames. Percebemos maior integração entre o laboratório, médicos e os diversos setores do hospital e tudo isso favoreceu a otimização de vários fluxos assistenciais”, conta a especialista. “Na atualidade a Medicina Diagnóstica apoia a maioria das decisões médicas, e saber que estamos contribuindo para a boa prática nos orgulha muito”, finaliza Mirtes.

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