Maioria dos hospitais relata predominância de idosos nas UTIs Covid

Maior problema dos hospitais ainda é o afastamento de profissionais de saúde

A pesquisa foi feita no período de 07 a 14 de março com 72 hospitais privados, que somam 7.937 leitos dos, quais 1.650 destinados a UTI adulto e 168 leitos para UTIs pediátricas.

São 22% localizados na capital e 78% no interior paulista.

A prevalência de idosos nas UTIs Covid-19 justifica proposta do governo de iniciar a aplicação da quarta dose da vacina nesse público.

Maioria tem ocupação de leitos UTI e clínicos abaixo de 20%

O levantamento do SindHosp-Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo revela ainda queda substancial na internação de pacientes em UTIs Covid.

67% dos hospitais informam ocupação de leitos de UTI para Covid de até 20%, sendo que na pesquisa realizada em fevereiro (01 a 09/2/22) eram apenas 18% dos hospitais que tinham ocupação de até 20%.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, conclui-se que mesmo com o último feriado, as contaminações e internações diminuíram por conta do alto índice de vacinação.

Também a internação de crianças em UTI Covid-19 está baixa: 96,7% dos hospitais da pesquisa que possuem UTIs pediátricas relatam ocupação de até 20%.

As internações em leitos clínicos também estão em baixa neste momento: 72% dos hospitais possuem menos de 20% dos leitos clínicos Covid ocupados.

Neste tipo de leitos, 45% dos pacientes têm de 60 a 79 anos e 44% encontram-se na faixa de 51 a 59 anos.

No setor de urgência/emergência, 49% dos atendimentos referem-se a pacientes na faixa etária de 30 a 50 anos e 35% na faixa de 60 a 79 anos.

Outro dado relevante: 93% dos hospitais informam que têm capacidade instalada para aumentar os leitos destinados à Covid-19.

Maior problema nos hospitais ainda é o afastamento de profissionais

48% dos hospitais informam que o maior problema enfrentado no atendimento a pacientes com Covid-19 é o afastamento de equipe multiprofissional de saúde por problemas de saúde, sendo que mais da metade registra afastamento entre 6% e 10%.

Por outro lado, o índice de cancelamento de cirurgias eletivas está baixo: 58,5% dos hospitais relatam até 20% de cancelamentos enquanto 41,5% afirmam que não está havendo cancelamento.

Para Yussif Ali Mere Jr., presidente da Fehoesp-Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, a flexibilização não é o decreto do fim da pandemia.

“A população em geral já foi fortemente informada para saber se proteger. Muita gente, mesmo com liberação de máscaras em alguns lugares, segue mantendo os cuidados de proteção e higienização das mãos e este comportamento é fundamental para ajudar a controlar a pandemia, que não acabou. O desfalque de profissionais de saúde é um gargalo que dificulta não só os serviços prestados mas o efetivo controle da pandemia”.

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