Confira quais são os outros, seus benefícios, limitações e as particularidades dos exames para detecção do câncer de mama que vão além da mamografia
Durante o Outubro Rosa o tema do câncer de mama domina as campanhas de conscientização. Mas você sabe quais são os exames disponíveis para a detecção da doença? Sabia que existem alguns tipos de exames disponíveis e que a escolha do exame depende de diversos fatores. A ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Luana Ariadne Ferreira, esclarece essas dúvidas e oferece orientações sobre o assunto.
A médica esclarece que os principais exames incluem:
– Mamografia, exame padrão para rastreamento que utiliza raios-x e que detecta alterações nas mamas antes delas serem palpáveis.
– Ultrassom que utiliza ondas sonoras, complementa a mamografia e é útil para diferenciar cistos de massas sólidas, especialmente em mamas densas.
– Ressonância magnética que fornece imagens mais detalhadas e é usada em casos de alto risco ou quando há dúvidas após outros exames.
– Biópsia, sendo a coleta de tecido para análise.
Segundo a especialista, alguns fatores podem influenciar na escolha do tipo de exame para cada paciente, como idade, histórico familiar, densidade mamária, presença de sintomas e condições médicas pré-existentes. “As diretrizes geralmente recomendam que mulheres a partir dos 40 anos façam mamografias anuais ou bienais. Mulheres com histórico familiar ou outros fatores de risco podem precisar começar o rastreamento mais cedo e com maior frequência”, afirma ela.
Segundo ela, cada tipo de exame pode apresentar benefícios e limitações. “Para a mamografia, os benefícios incluem rastreio eficaz, enquanto as limitações são a eficácia em mamas densas e o risco de falsos positivos. O ultrassom é bom para avaliar nódulos, mas não é eficaz como exame primário. A ressonância magnética tem alta sensibilidade, mas é mais cara e não está disponível em todos os lugares”, ressalta.
Há ainda a realização do autoexame, que pode ser realizado por todas as mulheres. “Ele ajuda as mulheres a se familiarizarem com suas mamas e a detectar mudanças precoces. Embora não substitua exames médicos, pode levar a diagnósticos mais rápidos”, explica.
A especialista destaca que a detecção precoce é essencial para aumentar as taxas de recuperação e sobrevivência da doença, com melhores prognósticos e intervenções menos invasivas. Embora a realização de exames deva ser feita por todas as mulheres a partir dos 40 anos, a médica esclarece que alguns grupos de risco devem ficar mais atentos.
“Grupos de risco incluem mulheres com histórico familiar de câncer de mama, portadoras de mutações genéticas, aquelas que já tiveram câncer de mama e pessoas com fatores de risco como obesidade ou exposição à radiação”, diz.
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